Wednesday, May 25, 2011

Se houvesse medalha para o último

Decorreu esta quarta-feira o Campeonato da Europa de juniores do Maxithlon. Nesta prova que decorreu no País Basco estivemos representados com três atletas que conseguiram uma prestação modesta.

A primeira a entrar em acção foi a saltadora Carlota Semedo que não foi além de um vigésimo e penúltimo lugar com uma modesta marca de 6.55 no Triplo Salto. A atleta atribui esta má prestação ao cansaço de ter competido no Sábado também porque a colega que poderia substituí-la se encontrava doente. A vencedora desta prova foi a suíça Ghislaine Wuthrich com 7.98 metros-um centímetro atrás da portuguesa Luzia Aleixo que alcançou a prata.

Aquém da sua marca pessoal esteve também Ernesto Botas nos 1500 metros, tendo conseguido apenas o décimo nono tempo com 4.39.63. Apesar de ainda terem ficado cinco atletas atrás dele, o nosso atleta atribui esta menor prestação a um erro táctico que o impulsionou logo para a frente nos primeiros instantes da corrida. A falta de experiencia tem destas coisas. Refira-se que a medalha de ouro foi para um atleta italiano de nome Amos Di Cecco que conseguiu apenas mais cerca de catorze segundos do que o nosso atleta. O equilíbrio dominou esta prova.

Gustavo Osório participava nos 3000 metros obstáculos e nos 800 metros. Ainda por cima as provas eram seguidas, tendo apenas a prova dos 3000 metros obstáculos feminina para descansar. Só assim se justifica o último lugar nos 800 metros. Mas vamos por partes. A prova de obstáculos até correu bem ao nosso atleta, tendo conseguido um brilhante décimo segundo lugar de entre vinte e dois atletas, apesar de não ter melhorado a sua marca pessoal. A prova foi dominada por dois atletas alemães do princípio ao fim. Eles conseguiram as duas medalhas dos lugares mais altos do pódio.

Pior correram os 800 metros para Gustavo Osório em virtude do desgaste sofrido na prova anterior e do pouco tempo que teve para recuperar. Ele que até é especialista nesta distância. Gustavo ainda pensou desistir porque os últimos instantes foram feitos debaixo de extremo cansaço mas concluiu a prova, apesar de último classificado com uma mara de 2.20.31. Tal como aconteceu na prova anterior, o pódio desta também foi ocupado por dois atletas alemães e um italiano, com a vitória a sorrir a um alemão, a prata ao italiano e o bronze a outro alemão. Pelos vistos, Itália e Alemanha dominam o meio-fundo masculino europeu.

Para o ano haverá um Mundial. Depositamos esperança no apuramento da fundista Lúcia Bulhão que não esteve presente por pouco nesta prova, no saltador Jaime Cerqueira que tem de rodar e não fazer só salto com vara, nos velocistas Marília Brandão e Hilário Aguiar e talvez no fundista Severino Montenegro, apesar de ainda ser muito jovem para estas próximas competições. Depois pode ser que surja alguém ainda das captações que tão bom resultado têm dado por aqui. São atletas com dezassete anos que já não recebem treino de academia e surgem assim do nada. Foi o caso este ano do Gustavo Osório.

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