Sunday, May 29, 2011

Criatividade em torno dos patos



Preparemo-nos então para mais uma emocionante viagem ao reino do absurdo, do impossível e do inacreditável.

A aventura começa quando recebo um mail de uma amiga minha e antiga colega de curso a dar-me a conhecer uma espécie de concurso no qual se tinha de filmar algo interessante e imaginativo para depois ser apresentado.

Mas o que iria eu filmar para participar no dito concurso? Conjecturava sobre esse assunto enquanto assistia pela televisão a um jogo do Glorioso em que Roberto estava a fazer uma exibição pior que péssima. Aves, é isso mesmo!

A juntar à analogia dos erros de Roberto com frangos ou perus, ouvia os patos em minha casa a fazer barulhos esquisitos. Era já noitinha mas era uma boa ideia fazer algo sobre eles. Pelo menos era original. Ninguém certamente se apresentaria nesse evento com algo sobre patos.

Ainda não tinha a ideia que eu queria. Podia filmar patos, sim senhor, mas precisava de algo mais. Bem, com uns efeitos especiais, aquele pato a fazer aquele barulho poderia tornar-se verde às riscas ou de qualquer outra cor anormal num pato.

Olhei e vi os excrementos dos próprios patos no chão, então tive uma ideia ainda melhor do que lhes mudar a cor. A ideia é um pouco nojenta mas não se pode negar a sua extrema originalidade. Fazer construções com essa matéria seria uma ideia brutal.

Na lareira da casa de forno, com o lume a crepitar, expus o que ia fazer à minha mãe que logo começou a contar histórias que eu nunca tinha ouvido sobre uma familiar nossa de quem nunca tinha ouvido falar que também tinham como tema os excrementos de pato.

Agora o sonho situa-me à porta da sala que dá para o meu quarto, mas do lado de dentro. É um final de tarde. Perguntava por um cão preto da minha vizinha e logo a minha mãe me informou que esse cão tinha morrido atropelado uma noite destas.

Agora dou por mim num local estranho onde estão vendedores ambulantes a vender essencialmente roupa. Um vendedor, aparentemente marroquino, queria-me a toda a força persuadir a comprar casacos ou camisas aos quadradinhos. Eu recusei e comecei a vasculhar outras tendas.

Subi um pouco a rua atrás da restante multidão mas logo voltei para baixo tacteando o chão com os pés, pois aquele sítio era-me estranho e havia ali imensa confusão de pessoas.

Encontrei umas vendedoras que já se preparavam para arrumar. Estava a anoitecer e a feira estava a terminar. As vendedoras eram ciganas e expunham montes de calções. Eu não gostava de nenhuns por não serem apenas de uma só cor.

De referir que lhes acabei por desarrumar tudo, por não levar nada e entretanto o despertador também tocou pondo fim a toda aquela noite de extremo disparate onírico.

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