Sunday, May 29, 2011

Necessidades de sossego

Era o meu primeiro dia de trabalho e era natural que a ansiedade me causasse alguns ligeiros problemas digestivos.

Os sonhos reflectiram essa realidade e por isso o meu subconsciente brindou-me com uma viagem ao mundo do desassossego e do incómodo que deve ser uma pessoa ser incomodada na casa de banho quando está aflita.

Primeiramente havia sonhado que o despertador do meu telemóvel havia tocado. Olhei através das fendas dos estores e constatei com estranheza que estava completamente de dia. Presumia-se que fossem apenas seis da manhã.

Verifiquei o mostrador do cronómetro que me serve de relógio e que, na realidade, está sempre a despertar às seis e meia. Eram oito e quarenta da manhã. E agora? Como é que o despertador descontrolou assim e como é que ninguém me chamou mais cedo? Estava já com uns nervos...De referir ainda que a minha irmã dormia na mesma cama e também acordou algo ensonada com o toque tardio do despertador do telemóvel.

Agora vem a parte mais embaraçosa. Se isto realmente me acontecesse mesmo, acho que cavava uma cova bem funda algures e não sairia de lá durante muito tempo, tal seria a vergonha. Realmente qualquer um está sujeito a passar por um embaraço desta envergadura. Como eu costumo dizer, são coisas da Natureza.

Fui para uma representação onírica da ACAPO onde havia um evento qualquer que causava imensa confusão e enormes alterações no espaço a ponto de ele estar irreconhecível.

Fui para o meu quarto que por milagre onírico se transformou numa espaçosa casa de banho. Nessa casa de banho havia tralha para todos os gostos, desde garrafões de lixívia a roupa. O espaço também não primava pela privacidade e o sossego. Sendo um local de arrumações, era natural que uma pessoa viesse a ser incomodada a qualquer instante em que se encontrasse calmamente sentada no trono a ocupar-se das chamadas coisas da Natureza. Era mesmo constrangedor, acreditem!

Estava mesmo...como dizer...aflita mas, sempre que me preparava para defecar, eis que sempre aparecia alguém que muito inoportunamente me perturbava. Foi assim até acordar.

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