Sunday, January 28, 2007

Ó mãe, olha ali o Mong!


Acordei e desliguei a televisão. Não sei precisar que horas eram, mas estive longo tempo acordada a pensar na minha vida e em coisas que me vinham à ideia e que faziam com que estivesse largo tempo acordada.

Não gosto de passar largo tempo acordada depois de já ter dormido. Normalmente isso dá origem a algo estranho que eu nem sei como caracterizar. Desde pequena que é assim.

Aqueles sonhos (se é que podem ser chamados assim) decorrem de uma forma muito especial. Na maioria das vezes são passados exactamente no sítio onde nós estamos deitadas. Dá a sensação de que vemos ao pormenor todos os objectos que temos no quarto. Durante esse período colocamos em dúvida se estamos acordadas ou a dormir. Temos controlo sobre os nossos actos, mas tudo nos faz arrepiar. É como se levássemos uma espécie de choque. Algo que nos oprime.

Nessa noite era alguém que me estava a puxar a roupa da cama. Tive a sensação que berrava alto e que mandava a criatura para onde não devia. Durante essa fase, também pensei (porque pensamos tal e qual como se estivéssemos acordadas) que a minha senhoria tivesse ouvido alguma coisa e tivesse perguntado o que era. Acordei. Estava tudo sossegado.

Passado pouco tempo adormeci novamente e aí sai completamente do local onde eu estava. Foi um sonho normal, portanto. Vinha do lugar com a minha mãe. A noite já caía. Estava até agradável de se andar na rua. Quando cheguei junto à porta de minha casa, olhei para o outro lado da estrada. Nem queria acreditar! Com a cabeça toda esborrachada e envolto numa poça de sangue, o gato Mong jazia morto no asfalto. Eu exclamei:
-“Ó mãe, olha ali o Mong!”
A minha mãe chorava. Tudo se transformou num mar de dor. Acordei e suspirei de alívio. Depois de acordar, lembrei-me que a minha mãe nem teria assim tanta pena daquele gato. Ele é uma peste!

Por acaso junto à janela do meu quarto alguém falava nos gatos que andam por lá e que são pretos como o Mong. Uma neblina fazia-se sentir, mas o dia haveria de ser de Sol e de calor. Um calor algo estranho.

Os automobilistas não aprendem a andar devagar na estrada. Houve um carro que travou mesmo em cima da passadeira. É demais! Também vinha um homem de bicicleta a toda a velocidade por cima do passeio.

Já embrenhada no trabalho, ouvi vindo da rua o som da música “Vestido Azul” da Floribella.

Estranhei ver tão pouca gente na cantina a almoçar. As mesas voltaram a ser mudadas de sítio. Depois lembrei-me que era dia da Latada. Nem quando andava a estudar queria saber da Latada, quanto mais agora. A Latada é para os caloiros.

Como a escola estava deserta, encontrei o meu antigo professor de Informática.

Findo mais um dia de trabalho, fui treinar à pressa. Tinha também umas ligeiras cólicas de passar todo o dia sentada. O treino nem foi registado.

O Sporting jogou com o Bayern de Munique e empatou a zero. Podia ter ganho se Liedson não tivesse sido enganado por um apito que veio das bancadas no preciso momento em que ele se encontrava só com Oliver Kahn pela frente.

Foi a ver o “Um Contra Todos” que adormeci. Iria saber bem aquele feriado!

Situação do dia:
Uma senhora aproveitava o bom tempo para levar o seu cão a passear. Eu achei piada ao cão e assobiei-lhe. Ele fugiu à dona. Foi um pretexto para ela desenferrujar as pernas e começar a correr atrás do cão.

Bacorada do dia:
“Tinha o mesmo cabelo que tu.” (Sempre há cada coisa!)



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