Sunday, January 14, 2007

Se não fosse p'ra lesionar, eles não entravam assim

José Mourinho viu no passado sábado a sua equipa ficar sem os dois guarda-redes disponíveis para aquela partida. Algo inédito, ou pelo menos, que não acontece assim tantas vezes.

Primeiro foi Petr Ceh que foi vítima de um lance aparatoso com um atacante do Reading e saiu de campo com uma lesão anormalmente grave que o vai impedir de dar o seu contributo à equipa por longos meses. O guardião checo foi mesmo sujeito a uma intervenção cirúrgica delicada.

Para o seu lugar entraria o italiano Carlo Cudicini que também não teve sorte perante a linha avançada do Reading (uma equipa com um nome bem curioso e com jogadores anormalmente impetuosos). O jogador transalpino não sofreu uma lesão tão grave como a de Ceh, mas não vai ficar disponível para o próximo desafio da Liga dos Campeões.

O capitão John Terry foi chamado a desempenhar a espinhosa tarefa de ir para a baliza. Com avançados como os do Reading pela frente, terá até passado pela cabeça de Mourinho abdicar de um guarda-redes. Com a virilidade que apresentavam em campo, se dez guarda-redes houvessem disponíveis, dez guarda-redes os jogadores do Reading colocariam no estaleiro. E lá foi John Terry para o barulho e nada lhe aconteceu.

O português Hilário vê assim aberta uma porta para se estrear na baliza do clube londrino. O pior é arranjar um suplente. Muitas equipas ofereceram os seus guardiões para minorar os estragos. Curiosamente nenhuma dessas equipas foi o Reading.

Bem ao seu estilo, Mourinho veio a terreiro acusar os atacantes do opositor do Chelsea no passado sábado de excesso de competitividade. O jogador que atirou Ceh para a sala de operações foi alvo de duras acusações por parte do treinador natural de Setúbal. O jogador do Reading defendeu-se dizendo que não teve a menor intenção de magoar o guarda-redes do Chelsea e até foi ele o primeiro a partir em socorro do checo inanimado no chão.

O que é certo é que o Chelsea arrisca-se a partir para a jornada da Liga dos Campeões com um jogador de campo como guarda-redes suplente. Resta a Mourinho rezar para que Hilário não se lesione!

O frio começa a fazer a sua aparição já em meados de Outubro. Afinal é tempo dele! Estamos no Outono. Apesar do frio, parece que a chuva anda arredada do horizonte.

O meu dia de trabalho passaria a ser dividido entre a ACAPO (onde eu preparava as entrevistas e fazia algumas pesquisas) e a sede da Briosa onde as iria fazer. Um jogador esperava por mim mais logo para a primeira entrevista da experimentação.

Rapidamente chegou o momento esperado de eu entrevistar o atleta. Estava algo nervosa. Era a primeira vez que ia fazer tal coisa, mas tinha esperança em que tudo corresse pelo melhor.

Últimos retoques dados no questionário, gravador a postos e lá comecei então a fazer as perguntas. Tudo correu bem. O jogador colaborava e isso transmitia-me confiança.

Agora havia que transcrever a entrevista para o computador e preparar novo questionário para um outro atleta.

Meti-me ao trabalho com uma voracidade impressionante. Nem dava pelo tempo a passar. Estava mesmo a adorar fazer aquilo e ainda não estava a acreditar que estivesse a fazer tal coisa. Estava na hora de sair? Tinha de ser.

Como havia jornada da Liga dos Campeões, tinha de me despachar. Fiz meia hora de corrida. Os primeiros quinze minutos foram de aquecimento, como sempre. Depois desse período a corrida foi dividida em três acelerações de dois minutos com três minutos de retorno à normalidade entre cada aceleração. Isso deu um total de dez voltas numa das pistas de fora.

Com os indispensáveis alongamentos chegou a hora de tomar banho e de me despachar. Os jogos aproximavam-se do início.

O Porto recebia em casa os alemães do Hamburgo e o Benfica deslocou-se à Escócia para defrontar o Celtic.

Lisandro abriu o activo no Estádio do Dragão. Os alemães responderam mas viram o seu golo anulado pelo árbitro.

Minutos depois o jogador Danijel Ljuboja do Hamburgo joga a bola com a mão de forma infantil dentro da grande área. Chamado a marcar o castigo máximo, Lucho González não falhou. O Porto ia bem lançado para a vitória.

Se as coisas estavam a correr bem para a turma azul e branca, depressa se gerou alguma apreensão no estádio quando os adeptos viram Anderson abandonar o terreno de jogo em maca.

As duas partidas chegaram ao intervalo. Em Glasgow registava-se o mesmo resultado com que se iniciou a partida que, curiosamente, estava a ser dirigida por um árbitro holandês. No Dragão o Porto vencia ao ritmo do tango por 2-0.

Mas para que é que houve intervalo no jogo do Glorioso? Começámos logo a sofrer um golo. Que mau!

O mesmo jogador do Celtic voltaria a marcar minutos depois. Para que conste, o jogador chama-se Miller. Esse terror!

No Dragão Hélder Postiga fazia o terceiro golo com que o Porto aviava os alemães. Enquanto isso, parece ter saltado do banco do Celtic mais um jogador empenhado em fazer estragos.

Mais um golo para o Porto e novamente da autoria de Lisandro. Os germânicos não se dão bem com o tango dançado por este avançado.

E o jogador que tinha acabado de entrar, e que eu não sei o nome, marcou o terceiro golo para os escoceses. Deixem estar meus amigos que hão-de ver no próximo jogo! Está prometido. Hão-de sair do Estádio da Luz de kilt na mão! Deixem estar...

Para terminar também a festa no Estádio do Dragão, o Hamburgo marcou o seu tento de honra. De nada valeu. Apenas atenuou a derrota que já era pesadíssima.

Os resultados finais das partidas que envolveram as equipas portuguesas foram os seguintes: Porto 4-Hamburgo1 e Celtic 3-Benfica 0.

E assim terminou mais um dia em que o Desporto foi o tema dominante. A madrugada iria ser dominada pela chuva e por tudo o que seja mau tempo.

Situação do dia:
Os jogos do Benfica e do Porto para a Liga dos Campeões terminaram pontualmente ao mesmo tempo. Resultado do excesso de rigor imposto pela UEFA.

Bacorada do dia:
“Para uma nova conculsa...” (Não faço ideia do que seja esta palavra que só agora ouvi.)

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