Sunday, January 21, 2007

A meter água

“Ik heb een boot, ik heb een hele mooie splinternieuwe boot...” Esta era a música que se ouvia no intervalo do jogo entre o AZ Alkmaar e o Sporting de Braga. Um jogo a que Co Adriaanse assistia agasalhado até aos dentes e que estava a ser desfavorável aos arsenalistas. A equipa portuguesa perdia por 0-1 ao intervalo e perdia também Wender lesionado.

Na segunda parte o barco meteu água e foi mesmo ao fundo. Os arsenalistas perderam o primeiro desafio a contar para a fase de grupos da Taça UEFA por 0-3. Foi muita a água metida pela defesa bracarense!

Aliás a água dominou todos os acontecimentos deste dia. A chuva não dava tréguas desde o dia anterior. A noite foi agitada pelas mais variadas razões. De tudo aconteceu. A chuva fazia-se ouvir com grande intensidade, apesar de o rádio da minha senhoria estar bastante alto e me impedir de dormir.

Como se isso não bastasse, tive de me levantar a altas horas da madrugada para tomar um daqueles indispensáveis comprimidos que aliviam certo tipo de dores.

Para ajudar à festa, ainda sonhei com o gato Mong. Mais um sonho com aquele gato preto na estrada. Desta vez, Mong estava na berma do lado contrário ao de minha casa. Ia a passar um grupo de ciclistas e ele ameaçava atravessar. Ainda os ciclistas do passado domingo a povoarem o meu subconsciente.

A chuva parecia ter vindo para ficar e para chatear um pouco. As minhas sapatilhas também meteram água e tive de andar todo o dia com os pés molhados e frios. O que vale é que o trabalho agradável ajuda a suportar todas as contrariedades.

Fiz mais uma entrevista e continuei a corrigir a que tinha feito na passada terça-feira. Quando eu gosto de uma coisa, trabalho até à exaustão. Nem o frio ou a chuva me afectam.

O almoço naquele dia com muita água acabou por ser uma verdadeira aventura. Quando cheguei à cantina -que estava cheia de gente- reparei que havia algo diferente. Demorei para identificar o que era. Só depois de muito pensar é que identifiquei a mudança. As mesas estavam dispostas de uma forma diferente.

Em cima de uma dessas mesas havia um indispensável guarda-chuva. Ia a passar e deitei-o abaixo. Mal lhe toquei. Também ia derrubando um tabuleiro. Isso é que era pior!

Tive de ir ao Pingo Doce e não parava de chover. Mais um contributo para uma molha nos meus pés que já estavam bem encharcados.

Nunca pensei algum dia estar a trabalhar com tamanha voracidade. Eu que até sou uma adepta do ócio. Só que estou na Académica e isso anima-me. Estou a fazer o que sempre sonhei e isso é tudo. Não há pés molhados e frios que me detenham. É engraçado como eu me revejo a trabalhar dessa maneira!

Nesse dia de chuva o treino apenas consistiu em dar seis voltas a uma das pistas de fora. Para tal gastei 18m.29s.18c. A noite mal dormida fez com que não estivesse nos meus dias. Alem disso, andei todo o dia com os pés molhados e isso provocou-me um corte num dedo. Tudo isto e o facto de estar a chover contribuiu para que o treino apenas tivesse 35 minutos.

No balneário o sabonete caiu para longe. Lá tive de o ir apanhar antes que viesse alguém e se magoasse ao escorregar nele.

Foi um alívio quando cheguei a casa e troquei de calçado. Todo o dia com os pés a nadar em água não é, de modo algum, uma situação agradável.

Já com os pés quentinhos, estava no conforto do lar a ouvir a jornada da Taça UEFA. A chuva ainda caía na rua. Para além do Braga, outras equipas jogavam por essa Europa fora. McCarthy acusou um adversário do Wisla Cracóvia de ter proferido insultos de índole racista.

Por falar em algo que é negro: assustei-me com a gata enquanto comia. Até saltei porque não sabia que ela estava dentro de casa.

Acabei um dia bem molhado a ver o “Um Contra Todos” e fui-me deitar na esperança de ter uma noite mais descansada.

Situação do dia:
Alguém vomitou em plena cantina. Comentava-se que tinha sido um caloiro. A ser verdade, o “animal” iria sofrer as agruras de mais uma praxe. Coitado!

Bacorada do dia:
McDonnut’s” (I’m hatin’it!)

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