Sunday, February 11, 2007

Ele sonhava jogar pelo Benfica

Realmente há dias em que se tem tanto azar que o melhor mesmo seria nem sequer ter saído de casa. Neste caso foi mais que azar. Eu chamaria a isso que se passou azelhice aplicada.

Em Glasgow o Glorioso perdeu por 3-0 contra o Celtic. Um jogador destacou-se ao apontar dois golos contra nós. Desta vez as coisas inverteram-se. O resultado acabou, no entanto, por ser o mesmo. E novamente foi um jogador escocês a figura do jogo. Complicado?

Passavam poucos minutos desde o apito inicial do árbitro quando o azarado da noite Steven Caldwell resolveu presentear os benfiquistas com um autogolo. Só lhe faltou festejar, nem que para isso tivesse de pedir uma camisola encarnada a alguém. Era muito o descaramento. Ainda se fosse só isso!

Um autogolo pode surgir de uma situação fortuita, mas este jogador- insatisfeito por ainda não ter ajudado o Benfica o suficiente- ainda ajudou Nuno Gomes a fazer o segundo golo.

Provavelmente Steven Caldwell estava a alinhar contra o seu clube do coração, o clube pelo qual alimentava o sonho secreto de um dia poder vir a vestir a sua gloriosa camisola e honrá-la.

Apesar de não ter envergado a camisola do Benfica (a menos que tivesse trocado a sua por uma) Caldwell prestou um excelente serviço ao Glorioso. Tomaríamos nós em certos jogos que alguns jogadores marcassem assim golos ou fizessem assistências para os seus colegas marcarem!

Eu continuo a dizer: ou foi azelhice e disparate do mais raro que há, ou foi o subconsciente de Caldwell a falar mais alto.

Lembrei-me, de repente, que num jogo entre o Sporting e o Dinamo de Tblissi houve também um jogador que fez uma "memorável" exibição. Ainda fez pior do que Caldwell conseguiu na Luz. Era de morrer a rir e, ao mesmo tempo, ter pena daquela criatura que fez passes milimétricos para Liedson que nenhum colega de equipa conseguiria fazer mais perfeitos e ainda marcou um golo pleno de oportunidade...na própria baliza. Não me perguntem o nome do jogador em questão que eu não me lembro. Era um georgiano e eles têm uns nomes bem complicados.

Já referi que o jogo terminou com a devolução por parte do Benfica dos golos sofridos no jogo da primeira-mão. Os três golos foram apontados pelo "novo reforço" Steven Caldwell, por Nuno Gomes (com meio golo a pertencer a Steven Caldwell) e por Karyaka que só me vem dar razão a mim que o defendo.

De referir ainda que os comentadores desportivos das rádios portuguesas passaram a olhar o Caldwell com outros olhos. Era mais um dos nossos!

Ao mesmo tempo do desafio da Luz, decorria na Alemanha o jogo entre o Hamburgo e o Porto. Apesar de ter muitos jogadores holandeses (Matissen, Van Der Vaart e não sei quem mais), a equipa alemã viu confirmado de forma prematura o seu afastamento de toda e qualquer competição europeia ao perder por 1-3.

Lucho Gonzalez marcou um golo monumental que será, provavelmente, o melhor golo da Liga dos campeões ou- quem sabe- de todas as competições mundiais.

Mas nem só de Futebol viver este feriado, apesar de não se ter feito muita coisa que eu também precisava de descansar.

O dia convidava a dar um passeio, mas eu optei mesmo por ficar em casa. Ainda pensei sair à rua, mas a vontade era pouca ou nenhuma.

Ouvi músicas marcantes, apesar de não me lembrar a que música é que eu me estou a referir quando tenho aqui apontado que "aquela música ainda mexe comigo". Deve ser alguma música cujo título desconheço.

Como tinha bastante tempo livre também lavei e passei roupa. Nos outros dias o tempo é escasso para executar esse tipo de tarefas.

Era para sair de casa. Ia treinar ou, em alternativa, iria comprar um casaco que vira na Sportzone. No entanto preferi ficar em casa a dormir enquanto ouvia música latina. Assim fiquei até aproximadamente à hora de início dos jogos.

Situação do dia:
No jogo entre o Porto e o Hamburgo, a certa altura, havia três (?!!!!) bolas em campo. Nunca tal vi.

Bacorada do dia:
“A Coca-Cola teve origem no Brasil.” (Ai se nos Estados Unidos ouvissem isto!)

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