Sunday, January 14, 2007

Recortes de jornais

Era um dia muito especial aquele que me esperava. Iria ser o começo de três semanas de sonho. Tudo aquilo estava a ser óptimo para mim e chegava finalmente o dia de começar.

A manhã ainda seria passada na ACAPO a preparar algumas coisas. Debrucei-me já no conhecimento da Académica. Consultei, durante aquelas horas que antecederam a minha ida para as suas instalações, a página Web. Os Estatutos da Briosa e a sua História recheada de êxitos mereceram a minha atenção. Li todos os documentos minuciosamente para a eventualidade de me fazerem perguntas.

Depois do almoço estava finalmente no Pavilhão Dr. Jorge Anjinho para o meu primeiro dia de experimentação. Começou assim mais uma época dourada da minha existência! Aproveitando a motivação acrescida de estar num local como aquele, que muito me agradava, prometia empenhar-me ao máximo para fazer algo de positivo por um clube do qual também sou adepta.

Depois das habituais apresentações que se impunham num primeiro contacto, comecei de imediato a trabalhar. A primeira coisa que fiz foi procurar algumas notícias e crónicas de jogos em jornais desportivos.

É curioso que eu sempre recortei de jornais desportivos aquilo que pretendia guardar. Qualquer coisa que sentisse ser útil posteriormente era arquivada em dossiers para ser consultada. Veio a Internet e os recortes de jornais foram um pouco postos de parte. Alguns andam ainda abandonados pelo meu quarto à sua sorte, na esperança de serem arrumados.

A minha mãe é que não achava muita piada a todo aquele amontoado de papéis sem utilidade. Eu continuava a achar que estava certa e que os recortes guardados poderiam um dia ser uma preciosa ajuda para algo. Na altura em que estava a fazer a mesma coisa que fazia em casa, constatei que tinha razão. De um monte de jornais já lidos pode surgir aquilo que procuramos.

Recolhido todo o material retirado de jornais, outro desafio aliciante esperava por mim. Tinha de fazer uma primeira entrevista a um primeiro atleta da Académica para ser publicada na Internet. Belisquem-me!

Foi aí que contactei com um computador portátil pela primeira vez. Tinha medo de não me adaptar ao teclado por ser um pouco diferente. As dificuldades iniciais foram ultrapassadas. Estava radiante e disposta a lutar contra todas as adversidades para viver aquele sonho da maneira que ele deveria ser vivido.

Aquele primeiro dia na Académica chegava ao fim. Caminhava pela rua sem saber se estava acordada ou a dormir.

Na verdade, estava bem acordada e tudo aquilo era bem real, ao contrário de muitos outros sonhos bons que tenho com a pessoa que eu amo.

Como habitualmente acontece todas as segundas-feiras, até me levantei bem cedo com tempo chuvoso.

Quando cheguei a casa em Coimbra, encontrei outra chave na porta. Provavelmente a minha senhoria ter-se-á esquecido dela ali.

Aquele dia, bem como todos os outros que se seguiriam, seria especial. Iria realizar um sonho. Mais que um sonho, tratava-se de um objectivo pessoal que teria o privilégio de colocar em prática.

Isso deixava-me no mundo da Lua. Entregue àquele torpor indefinido, mas agradável, circulava pelas ruas da cidade. A Faculdade de Letras era o meu destino para mais uma aula de Holandês. Outra coisa que também contribui para o meu bem-estar!

Quando cheguei junto da porta da sala de aula, uma música tocava. Era uma canção de um grupo chamado “Blof” que cantava juntamente com a fadista Cristina Branco. A música é bastante conhecida na Holanda e chama-se “Dansen Aan De Zee”.

Quanto à nossa aula, ainda incidiu sobre a compreensão das letras. Começámos com um pouco de gramática também para começarmos a estruturar as frases de modo a falarmos qualquer coisa.

Cheguei a casa. Esperava-me uma tarefa que eu não gosto de fazer: trocar os lençóis da cama. Tinha de ser!

Certamente iria dormir melhor numa caminha acabadinha de fazer de lavadinho.

Situação do dia:
O trânsito em Coimbra andava demais. Por duas vezes pude assistir a certas confusões de carros que nem sabiam se haviam de entrar ou de sair. Tais indecisões causavam uma enorme confusão de veículos. Naturalmente!

Bacorada do dia:
“És portuguesa???!!!!! Pensei que eras da Rússia, da terra do Saddam.” (Sendo assim, George W. Bush invadiu o país errado.)

No comments: