Sunday, January 21, 2007

Comboios de mercadorias

Como é misterioso o nosso subconsciente! Nunca me canso de repetir isso e aqui está mais uma prova evidente desse desconhecido mundo que existe no interior do nosso cérebro..

Ouvi no dia anterior uma notícia de uma situação insólita que levou à interrupção de uma linha de caminho de ferro. Tudo porque um comboio de mercadorias largou algumas carruagens pelo caminho.

Desde pequena que tenho pavor a esses comboios com carruagens em forma de cilindro e que passam nas estações sem parar, dispostos a levar tudo à frente. Era eu ainda criança e estava na Estação de Aveiro à espera de comboio para Mogofores. Passou um desses comboios quando eu estava junto à linha. A ventania que ele fez foi tal que me ia arrastando. A partir daí ponho-me a léguas cada vez que é anunciado um comboio desse tipo pelos altifalantes da estação. Fico a vê-los passar de longe. Acho-os horrivelmente feios.

Há uns anos havia um concurso na SIC apresentado pelo Jorge Gabriel que consistia em a pessoa se expor àquilo de que tinha medo em troca de dinheiro. Lembro-me que houve uma rapariga que tinha medo de balões a rebentar e de um outro indivíduo que só aceitou (imagine-se) andar de gaivota depois de lhe ser oferecida uma avultada quantia em dinheiro. A participar nesse concurso, só com algo relacionado com esses comboios. São demais! Ou isso, ou sorrascar com as unhas numa superfície de cimento que é algo que me causa bastante impressão.

Numa sexta-feira em que houve greve da Rodoviária fui de comboio com a minha colega de Ílhavo. O assunto dos comboios de mercadorias calhou em conversa. Ela contou-me que, na Estação de Aveiro, uma estudante universitária caiu à linha devido à corrente provocada por um desses horríveis comboios. O pesado e feio veículo colheu-a mortalmente. Ao ouvir isto fiquei ainda com mais receio desses comboios.

Depois de tudo isto, escusado será dizer que os sonhos em que participam esses comboios não podem ser lá muito agradáveis. Devido à notícia que ouvira na véspera sonhei com um comboio com essas características.

Por incrível que pareça, estava junto a um escada na Escola Superior de Educação. Não sei se era a escada que dá para as salas de aula, ou se era a escada que dá acesso à cantina. Só sei que estava com bastante pressa e o comboio nunca mais acabava de passar.

Quando eu julguei que ele já tivesse passado, pois o silêncio dominava na “linha”, atravessei. Ia a meio da”linha” (que parecia ser feita de terra batida) quando ouvi barulho de mais carruagens a aproximarem-se. Corri o mais que pude, mas não evitei ser colhida por elas. Acordei sobressaltada com o impacto. Não se tinha passado nada.

Ainda nessa noite tive um outro sonho que me deixou igualmente a pensar. Porém, o seu conteúdo era totalmente diferente. Sonhei com o Jens Mouris e com o seu colega. Era um outro ciclista que estava sentado ao lado dele num local que eu não conheço. Depois de acordar lembrei-me que na equipa do Mouris existe outro ciclista holandês, mas não sei como ele se chama. Algo que irei ver em casa no fim-de-semana.

Incrivelmente a chuva ainda não tinha parado. Já estou farta dela! Quero Sol para poder andar na rua a passear depois do almoço que tenho agora bastante tempo. Aliás, a chuva impediu que eu fizesse nas melhores condições uma actividade do meu estágio na Académica. Apesar disso, fiquei bastante satisfeita por ter ido assistir àquele treino e à conferência de imprensa que a ele se seguiu.

Da parte da tarde havia mais uma entrevistas a fazer a outro atleta da Briosa. As outras duas entrevistas anteriores ficaram prontas também e a terceira iria ser transcrita para o computador. Estava assim destinado o que iria fazer naquela tarde que precedia mais um fim-de-semana.

Apenas rolei 40 minutos numa das pistas de fora. Isso correspondeu a mais de 13 voltas. Nada de mais elaborado poderia fazer porque havia pinos de plástico na pista. Alem disso, a chuva ameaçava regressar a qualquer momento- o que veio a acontecer já no final.

E assim estávamos à porta de mais um merecido fim-de-semana. Será que a Académica irá ganhar ao Aves?

Situação do dia:
À porta da ESEC um rapaz passou e lançou um sonoro arroto que, provavelmente, se terá ouvido do outro lado da rua. Que falta de educação!

Bacorada do dia:
“O Ambiente de Trabalho é uma carrada de janelas...” (mais outra definição bem à moda portuga.)

No comments: