O século dezanove, a seguir á -segunda guerra Mundial, é seguramente a época mais retratada nos livros. Imaginem que até Júlia pinheiro aborda essa temática.
Este livro passa-se em Portugal sensivelmente na mesma época do que li anteriormente. As questões sociais não mudam. Era uma época em que eu já escrevi aqui e volto a repetir, em que as mulheres usavam não só espartilho para compor a sua silhueta mas o mesmo espartilho também as aprisionava enquanto seres pensantes e autónomos.
As mulheres nessa época estavam muito limitadas pela sociedade e, imagine-se, nem podiam apresentar-se em público transpiradas. O único fluído corporal que talvez as mulheres pudessem apresentar de forma visível eram as lágrimas. Era o que se esperava delas. Enfim.
Mas os livros mostraram que existem histórias de mulheres surpreendentes, possuidoras de uma força e de uma coragem que desafiam quaisquer convenções sociais. Júlia Pinheiro pega um pouco no exemplo de Lesley pearse e cria a sua própria heroína á portuguesa.
Amélia acaba por casar com Henrique que a veio pedir em casamento ao seu pai. No entanto Henrique era de classe social mais elevada do que Amélia e a sua família não aceitava essa união.
Com o tempo, Amélia viu-se infeliz no seu casamento, até porque Henrique colocou os seus negócios á frente do seu casamento, praticamente abandonando Amélia.
Mais tarde, Amélia veio a descobrir que Henrique levava uma vida dupla com a mulher que era o seu verdadeiro amor. Com uma força vinda não se sabe de onde, Amélia urde um elaborado plano de vingança.
Não sabia que Júlia Pinheiro também sabia escrever!
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