Dizem que o dinheiro não traz felicidade…mas dá uma grande ajuda.
No romance de estreia de Fyodor Dostoievski a pobreza e a degradação social são o tema dominante.
Numa altura em que passam cem anos sobre o nascimento do escritor russo, leio o seu romance de estreia que ele escreveu quando tinha apenas vinte e cinco anos. Esta história é escrita em forma de cartas que os dois personagens vão trocando e onde basicamente se fartam de lamentar da sua triste sorte.
A pobreza, a miséria, a doença e a degradação social estão presentes, apesar de ambos os protagonistas até trabalharem. Isto não é muito diferente do que acontece por cá hoje em dia. Muita gente ganha salários tão baixos que mal conseguem pagar as suas despesas correntes. E assim se chega a uma situação de se ter de pedir ajuda. Muitas das pessoas que recebem ajuda de instituições trabalham mas tiveram de contrair empréstimos e hoje a vida não está barata. Seja para quem for. É muitas vezes falsa a ideia de segurança que um trabalho fixo proporciona a alguém.
Esta obra mostra-nos o quão baixo pode cair um ser humano. Quanta dignidade perdida. Mesmo assim, apesar das dificuldades, os sentimentos nobres não se perdem.
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