Está frio, o subconsciente leva para a praia. Não há problema.
Ultimamente também, a praia dos meus sonhos não é feita de areia macia e fofa. É feita de areias com bastantes pedras. Chamar a isso areia é ser simpático. Muitas vezes a areia está só por cima. Debaixo há terra e pedras. Mesmo assim, eu e alguns amigos vamos para lá apanhar banhos de sol e mergulharmos num mar constantemente revolto.
Levámos comida e algumas coisas de que precisávamos para um dia nesta praia tão peculiar. A certa altura, era chegada a hora de irmos embora. Tínhamos de apanhar transporte de regresso.
Pegava nas minhas coisas. Começando a brincar um pouco com a areia, fui enterrando as minhas mãos cada vez mais fundo. Encontrei algo. Era uma colher. Depois encontrei um garfo, seguindo-se inúmeras peças de talher. Fiquei embasbacada. Se tivesse tempo, desenterraria um faqueiro completo.
Como é que tantos talheres vieram ali parar enterrados na areia?
Guardei-os e logo segui os meus amigos por entre caminhos pedregosos. Não os queria perder e eles cada vez iam mais longe. Tinha mesmo de correr para os alcançar.
Por fim lá consegui chegar mais perto. Levava comigo as minhas mais recentes descobertas.
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