Monday, November 30, 2020

“o anjo Roubado” (impressões pessoais)

 

Neste mês de novembro, o livro escolhido pelo nosso grupo de leitura foi este. Mais um exemplar da literatura nórdica de suspense.

 

Muita graça acho eu aos nórdicos a escreverem romances policiais! A criminalidade nesses países é bastante baixa e percebe-se perfeitamente isso. As cenas de crime são bastante rebuscadas. Nada do realismo dos escritores norte-americanos vindos daquela que é, na minha opinião, a sociedade mais violenta do Mundo.

 

Não admira que os escritores do Norte da Europa inventem cenas de crime mais refinadas, como foi o caso desta escritora dinamarquesa Sara Blaeder. Ela e outros escritores desta zona geográfica habitualmente caracterizam os seus assassinos como sendo pessoas com uma vida normal, acima de qualquer suspeita pessoas com algum sucesso pessoal e profissional, mas com fantasias pouco vulgares. Estas pessoas, com uma mente perturbada, são capazes de cometer crimes, de matar com requinte até.

 

Neste caso, o assassino enquadra-se muito bem naquela descrição que fiz acima. Tem sucesso, dinheiro, uma vida acima de suspeita. No entanto, é uma pessoa gananciosa, alguém que vive exibindo luxos também. Ninguém sabe que aquele indivíduo esconde na cave a sua coleção privada de mulheres embalsamadas por ele próprio.

 

Ele encomenda o rapto e morte de algumas mulheres escandinavas que viajam sozinhas para férias em Espanha. Paga bem para que lhes tragam os corpos para depois ele aplicar a sua arte, como lhe chama.

 

O assassino deste livro, que na realidade não matou nenhuma das mulheres que preserva na sua cave, quer uma imagem que pertence a uma abastada família dinamarquesa com algumas posses financeiras. Aí, para conseguir essa imagem, o homem começa realmente a matar.

 

Trata-se de alguém sem escrúpulos. Uma pessoa muito gananciosa. É preso? Havia de lhe ter acontecido pior, na minha opinião.

 

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