Estamos a ficar velhos quando damos conta que vão morrendo personalidades que povoaram a nossa infância e a nossa juventude.
Reinaldo Teles e Diego Armando Maradona foram duas dessas personalidades que hoje nos deixaram ironicamente no mesmo dia. Também já nos tinha deixado há uns dias atrás Spassov que me habituei a ver evoluir no nosso campeonato há muitos anos atrás.
As recordações que guardo de Maradona são já de uma fase final de uma carreira conturbada, sempre marcada pela polemica. Nos anos oitenta, quando o génio do pequeno argentino encantava o mundo, eu não seguia o futebol tão atentamente. Os seus melhores lances chegaram até mim um pouco mais tarde com alguns documentários.
Para além de ser um dos melhores futebolistas de sempre, do que eu me lembro do astro argentino são pequenos momentos, alguns já numa fase decadente e triste da sua vida. Lembro-me bem de o ver a treinar com uma bola de ténis e, infelizmente, a última imagem que guardo dele é do Mundial 2018 durante um jogo entre Argentina e Nigéria em que ele, visivelmente embriagado, estava a fazer figuras pouco dignas com o prestígio que alcançou no passado. Lembro-me de, durante esse jogo, terem focado na bancada onde ele estava a dormir reclinado para trás de boca aberta. Depois ouviu-se dizer que ele se tinha sentido mal durante esse encontro. Pudera!
Também me lembro de ele treinar um clube que tinha um nome muito engraçado- Dorados de Sinaloa. Num dos treinos dessa equipa, Maradona arrastava-se penosamente. Disseram que sofria de dores nas articulações.
Quanto a Reinaldo Teles que faleceu vítima da covid 19, lembro-me de ser inseparável de Pinto da Costa e de estar associado a tudo de bom e de mau que os azuis conseguiram nos últimos anos. Era uma figura do Futebol Português.
São duas figuras que partem. Ao mesmo tempo que vamos prosseguindo na idade, damos conta que pessoas que nos habituámos a ver envelheceram também e deixaram este Mundo.
Descansem em Paz!
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