A tua música

 

A musica terá sido a melhor coisa no mundo que foi inventada. Ela tem a capacidade de nos fazer sorrir, de nos fazer chorar, de nos fazer arrepiar, de nos fazer viajar. Viajamos no tempo, reencontramos pessoas, viajamos para lugares onde jamais estivemos, sonhamos acordados, vemos cores e sentimos cheiros quando por vezes tudo é névoa e escuridão.

 

Por mais que ouçamos uma mesma música, há sempre algo nela a descobrir. Nunca a ouvimos da mesma maneira. Ao longo do tempo já detestámos e já adorámos a mesma música. Músicas que nem nos diziam nada, de repente passam a ter grande significado. Tudo porque nos fazem lembrar alguém, algum local ou algum momento.

 

Os sentimentos invocados por uma música são imprevisíveis. Quando partilhas com o Mundo o que ouves, estás a partilhar também um pouco de ti. Os teus sentimentos, as tuas emoções, o que realmente és.

 

Li há pouco uma frase que diz simplesmente “Somos o que ouvimos”. Plenamente de acordo. A música é algo muito espiritual. A mesma pessoa não ouve o mesmo género de música ao longo da vida.

 

Por vezes dou por mim a pensar em como o tempo passou. É a música que me transmite esse sentimento. Implacavelmente, certo tema musical lembra-nos que estamos a ficar velhos. As músicas da nossa infância tem o dom de nos transportar para lugares e acontecimentos longínquos. Por vezes surgem associadas a locais e até cheiros. Sim, as músicas da nossa infância podem ter cheiros  . Cheiram a terra molhada, a folhas de outono, a bolos quentes a sair do forno, a café acabado de fazer, a lenha a arder numa lareira numa tarde fria de inverno…

 

Ouvir música faz bem á alma. É a terapia para tudo. Há sempre uma música capaz de ter o que estamos a precisar no momento. Simplesmente nos distrai.

 

Já experimentaste ouvir música de olhos fechados ou às escuras? Pois bem, os poderes que a música pode ter em cada um de nós são amplificados. Simplesmente perdes a noção do tempo e do espaço. Consegues que o teu espírito voe livremente, sem se preocupar com mais nada.

 

Resumindo, a música é magia em bruto!