Para desanuviar, segue uma peça histórica do teatro português da autoria de Bernardo Santareno.
Estávamos no ano de 1965 quando o médico psiquiatra levou a cena no Teatro Experimental do Porto esta arrojada peçaa de teatro que desafiou os usos e costumes da época. Refira-se que estávamos em pleno Estado Novo.
Em pouco tempo, esta peça, apesar da +polémica, esgotou as bilheteiras. Só não foi um sucesso mais estrondoso porque a Igreja a censurou, obrigando-a a sair de cena.
Ficou para a posteridade e agora há a possibilidade de a ler como eu fiz agora.
Numa vila piscatória, um casal fez uma arrojada promessa religiosa. Se o marido não morresse no Mar, o casal viveria o resto dos seus dias na mais pura castidade. Maria, a mulher, fazia um enorme sacrifício para cumprir o compromisso. Era assolada pelo desejo de quebrar a promessa. Não aguentava a abstinência sexual.
Houve um dia em que a pacatez da localidade foi assolada por uma rixa. Houve tiros e houve um ferido que foi transportado para a casa onde viviam maria e José. O ferido António ficou por lá até se restabelecer e envolveu-se com Maria. Estavam apaixonados um pelo outro. José, esse, era muito ligado à igreja e levava a peito a promessa que ambos fizeram. Já Maria, não tinha pejo em a quebrar e ali estava António.
Chega o dia em que António tem de partir, mas entrega um bilhete a Maria para se encontrar com ele antes de ele deixar definitivamente a localidade. Assim fazem.
Louco de raiva, José sai armado e furioso para a rua. a tragédia está iminente!
Quebrando tabus, percebe-se por que a igreja censurou esta obra. Fala de quebrar os votos do matrimónio, do adultério, especialmente cometido por uma mulher e da lascívia de Maria que todo o tempo sonhava em trair José, já que este era muito temente a Deus e levou a sério a promessa que ambos fizeram. De tudo isto, naturalmente, a igreja não gostou. Se a censura nada fez para tirar de cena a peça de bernardo Santareno, foi a igreja a impedir que mais pessoas vissem aquela autêntica blasfémia.
No comments:
Post a Comment