Friday, May 03, 2013

Um casamento e dois funerais

Esta é mais uma história gastronómica do meu subconsciente. Era já de dia e o despertador ainda não tinha tocado quando acordei algo desolada por faltarem as bebidas na mesa.

A história conta-se em poucas palavras. Numa adega ou num barracão algures na minha terra tinha havido um farto banquete de um casamento não sei de quem. A aldeia em peso tinha sido convidada.

Comia-se bem, à partida bebia-se ainda melhor e conversava-se o quanto baste. Estava a anoitecer e as pessoas tiveram de sair todas para se deslocarem à Moita onde haviam…dois funerais de duas pessoas que haviam falecido na véspera.

Olhei pela porta e vi que já estava a escurecer. Mas que raio de ideia era aquela de dois funerais àquela hora? As cerimónias estavam agendadas para as sete e meia da tarde, imagine-se. Só mesmo em sonhos. Apesar de ser Verão, já começava a anoitecer.

Já bem bebidos, alguns convivas saíram da festa e as mesas ficaram vazias e depenadas de comida e sobretudo de bebida. Ainda havia lá uns restos de pizza, uns salgados e mais alguma coisa que aproveitei mas nada havia de jeito para beber. Garrafas de toda a espécie de bebidas estavam vazias ou quase. Eu esvaziava o último gole de algumas garrafas de sumo e de água. Claro que não tocava nas de vinho ou de champanhe. As de cerveja eram das pequenas e nem uma gota para amostra continham. Havia-as às centenas em cima das toalhas de papel que cobriam a mesa. Todas estavam vazias.


Procurava mais bebidas mas já toda a gente havia saído. O melhor foi mesmo acordar.



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