Tuesday, May 14, 2013

“Quantas Madrugadas tem A Noite” (impressões pessoais)





Esta é mais uma incursão minha pela literatura que se faz nas antigas colónias portuguesas no ultramar. Neste fui até Angola, depois de ter ido até Moçambique através da literatura há escassos meses atrás.

Esta obra é muito semelhante à do escritor moçambicano, na medida em que também é narrada uma história algo fantástica. A diferença tem a ver com o narrador. Nesta obra, o narrador encontra-se num bar a beber com alguém que encontrou e conta a história da sua própria alegada morte e todas as peripécias que viveu enquanto esteve morto. O individuo que se encontra a beber com ele (e a pagar as bebidas para ouvir a história) pode ser qualquer um de nós, que está a ler o livro.

Ao ler esta obra (e também a outra) constato que há um certo colorido que os africanos empregam nas suas narrativas, um certo encanto que prende o leitor, embora por vezes tendam a divagar como aqui aconteceu.

Esta obra está repleta de episódios engraçados. Destaco aquele que mais me fez rir. Estavam em casa da KotaDasAbelhas a decidirem o que fazer com AdolfoDido que alegadamente estava morto. Ligaram o rádio, depois colocaram mais alto, a vizinhança veio, fez-se mais barulho, veio mais gente e…começaram a dançar. Aquilo era um velório aparentemente. Teve piada.

Tal como aconteceu com o livro de Moçambique, também este estava repleto de termos africanos. Pelo contexto cheguei lá, outros termos já estão enraizados na Língua Portuguesa e já nos são, hoje em dia, bem familiares.

Em suma, dou nota positiva a esta obra, apesar de não ter aquele encanto de um romance policial ou de suspense.

Por falar em romances policiais, vou ler “O Alibi Perfeito” de Patrícia Highsmith. Esta já não e a primeira obra desta escritora que vou ler. Salvo erro, foi ela também que escreveu “O Talentoso Senhor Ripley” que li há uns anitos atrás.

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