Tuesday, October 18, 2011

“Hannibal” (impressões pessoais)

Este foi mais um daqueles livros que eu li num abrir e fechar de olhos. Quando a obra me interessa e me empolga, o tempo que demoro na sua leitura é claramente menor.

Com esta obra viajámos até ao interior da mente de um criminoso muito frio que atingiu o estado puro da maldade ao ver a sua família ser massacrada durante a Segunda Guerra Mundial. Até aqui, Hannnibal e a sua irmã que ele adorava viviam felizes e confortáveis com a sua família no castelo onde nada lhes faltava.

A guerra chegou e a família teve de se refugiar num velho pavilhão de caça. Mais tarde foram encontrados e massacrados. As duas crianças ficaram a mercê de um grupo de malfeitores que sempre aparecia a seguir aos massacres para pilhar as casas das vítimas.

Este grupo de indivíduos cuidou sempre das duas crianças até ao dia em que lhes faltou a comida. A morrer de fome, o grupo não teve escolha e resolveu caçar algumas crianças para se alimentar. Quase a morrer de fome, a irmã de Hannibal foi morta também e comida pelo grupo.

Traumatizado com o fim triste da irmã que tanto amava, Hannibal era frequentemente visitado em sonhos por aquela lembrança e não descansou enquanto não encontrou os indivíduos que tinham vivido no pavilhão com ele.

Quando o castelo da família Lecter se transformou num orfanato, Hannibal foi dali resgatado pelo seu tio e foi viver para França onde se iniciou no mundo do crime ao matar um carniceiro do mercado por o achar parecido com um dos seus raptores. Não satisfeito com a morte do homem, Hannnibal decapitou-o e alimentou-se das suas bochechas.

Ao lonuo da obra vamos assistindo á perseguição e eliminação de todos os elementos do grupo de saqueadores que viveram no pavilhão. Ao primeiro que encontra, Hannibal também lhe dilacera as faces e assa-as num fogo improvisado. Um a um, os outros vão-se seguindo.

Ninguém que conhece Hannibal dirá que, por detrás do aluno exemplar que é um prodígio na Medicina, se esconde um criminoso sem escrúpulos. Hannibal é o mais temido dos psicopatas.

Ao longo da obra, na luta entre Hannibal e os seus oponentes, eu sempre torci por Hannibal porque eles foram os culpados de a personalidade dele ter sido formada assim. Criaram o monstro, agora são vítimas dele.

Para o fim ficou o saqueador de que Hannibal lembrava com mais nitidez. Antes de sucumbir aos tratos implacáveis de Hannibal, conseguiu chocá-lo ao lhe dar conhecimento de que também ele havia comido a sua própria irmã juntamente com o caldo que os raptores lhe deram para poder continuar vivo. Hannibal ficou transtornado e aplicou toda a sua fúria a eliminar o malfeitor.

Com o desgosto de ver partir para o Japão a ex-mulher do seu falecido tio, Hannibal inicia um périplo pela América com escala no Canadá onde vai assassinar o último dos seus raptores e o único deles que ganha a vida honestamente e abandonou a vida de criminoso. Apesar disso, Hannibal não o poupou.

Estou tentada a adquirir os restantes livros da saga de Hannibal. Quero ver como é que ele agora vai escolher as suas vítimas.

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