Thursday, October 06, 2011

Divagações

Por onde começar? Tratou-se de uma noite com passeios, música, praia…tudo.

Lembro-me de ter sonhado que estava ao ar livre com desconhecidos. De fundo ouvia-se música brasileira dançável. Tipo Netinho ou Ivete Sangalo.

Era noite. Eu estava no quarto quando um carro parou à minha porta. Era o pai do meu padrinho. No outro dia à tarde ele esteve lá em casa realmente mas parece que ninguém o ouviu chamar. Já ando farta de avisar que faz muita falta uma campainha àquele portão. Quantas não são as vezes em que as pessoas dizem que estiveram lá em casa, nós até lá estávamos dentro mas não ouvimos nada?

Desta vez ele trazia uma espécie de passatempo em que tínhamos de escolher a frase que nos soasse melhor. Estando indecisa entre duas frases, acabei por optar pela que estava certa.

Estava alojada numa casa desconhecida. A minha cama era muito minúscula. No dia seguinte tínhamos de estar nas instalações da ACAPO bem cedo porque íamos sair. Quando cheguei à ACAPO, fiquei embasbacada com as alterações que foram sendo feitas no edifício. Estava irreconhecível.

O bar tinha sido todo remodelado. Lá dento havia inúmeros empregados. Uns envergavam fardas cinzentas e outros envergavam fardas brancas com barretes de cozinheiro. Todos se desdobravam para atender muita gente que ali se encontrava. Enquanto esperava a minha vez, ia observando o local e reflectindo nas mudanças que haviam sido feitas. Estava um assombro!

Um dos funcionários do bar era o formador de Informática da ACAPO e dava-me ideia de também conhecer os outros mas não me conseguia lembrar quem eram. Um deles olhava para mim e era-me extremamente familiar mesmo. Nem uma mulher trabalhava ali agora. Que estranho!

Iríamos partir rumo ao Sul. Por aquele andar, chegaríamos só pela madrugada dentro. Já passava do meio-dia e nem intenções havia de sair.

Agora o mesmo grupo encontra-se a banhos na praia. Teme-se que o mar esteja bravo mas até estava convidativo a se passar uma boa meia hora debaixo de água. A água estava excepcionalmente quente. Eu não vinha apetrechada para ir a banhos e por isso entrei na água com uns calões e uma t-shirt. Estava um espectáculo!

Houve alguém que nos resolveu estragar a diversão. Isso aconteceu numa altura em que eu já não queria saber de nada e começava a despir a t-shirt vermelha que trazia e já me pesava toneladas, dificultando-me os movimentos dentro de água.

A criatura começou a ficar impaciente, alegando que tinha de ir visitar um primo ou lá o que era que vivia nas imediações e que havia contraído uma intoxicação alimentar de marisco. Afinal parece que estávamos no Algarve.

Estava-se tão bem na água, éramos tantos e íamos invadir assim a casa dos outros? Odeio quando há pessoal que aproveita actividades da ACAPO para ir visitar amigos ou parentes. Em parte até se compreende essa atitude. As pessoas não têm autonomia em termos de transporte ou mesmo a andar na rua e aproveitam que passam lá para fazerem as suas visitas. O problema é que mobilizam apoios ou então tem de ir o grupo todo. Nem que esse grupo tenha para cima de vinte elementos. Eu não gosto de me enfiar assim para casa de pessoas que eu não conheço mas garanto-vos que aconteceu por mais do que uma vez. Isto não foi invenção onírica.

Voltando ao sonho, agora encontro-me em minha casa a ouvir música. O velho rádio está sintonizado numa estação que só passa música portuguesa. O volume não está baixo. Estou sentada na cama da minha irmã, junto ao espelho e está-me a sabe bem aquele momento de descontracção.

E assim acordei. Deixei para trás a música, a praia, os meus companheiros e embrenhei na realidade. Foi o começo de uma série de árduos e incansáveis dias de trabalho.

No comments: