Tuesday, October 04, 2011

Fotos que viraram curtas-metragens e horas esquecidas

O programa para este Sábado consistia em irmos até Estarreja para passarmos uma tarde bem passada. Um grupo de cinco amigas planeou juntar-se e ali reviver memórias dos tempos em que vivíamos todas na Residência.

Fui com uma amiga até Águeda. Depois ela deixou o carro em casa de outra amiga nossa e fomos as três rumo a Estarreja.

Lá encontraríamos a minha irmã e uma amiga nossa de Cabo Verde que é médica e escolheu Portugal para viver e trabalhar.

Como não podia deixar de ser, lá vinha a minha irmã ao nosso encontro com uma enorme caixa de profiteroles que iríamos comer todas em casa da nossa colega.

Primeiro ainda demos uma volta por uma espécie de Parque Verde do Mondego em miniatura. Lá havia uns aparelhómetros para se fazer ginástica e nós começámos por nos divertir por ali enquanto a nossa amiga não chegava.

Quando o grupo ficou completo, seguimos para casa da minha irmã onde estivemos um bom bocado. A minha irmã resolveu sacar da sua maravilhosa máquina fotográfica para tirar algumas fotos ao nosso grupo. Dizia ela que a máquina não estava a funcionar muito bem, pois não ligava o flash e demorava uma eternidade a tirar fotos. Pois…

Estivemos ali algum tempo a recordar velhos tempos. Como saímos em ocasiões diferentes da Residência, havia episódios divertidos que quem saiu primeiro desconhecia. À cabeça dessas belas histórias estava o inesquecível episódio (acho que já aqui o contei) de eu ter apanhado uma empregada de limpeza em flagrante com as minhas molas de estender roupa. E nós a pensar que tudo quanto desaparecia era obra das nossas colegas! Apanhei ali uma truta enorme.

Lá seguimos para a impressionante vivenda da nossa amiga médica e ali lanchámos enquanto nos ríamos…e tirávamos “fotos”. A minha irmã queria apanhar-nos a fazer figuras tristes.

Já a noite tinha caído quando a nossa amiga de Águeda (que por acaso até tinha dado aulas no Entroncamento mas desconhecia que essa localidade era famosa pelos seus fenómenos) constatou que a máquina fotográfica da minha irmã estava a filmar em vez de tirar fotos. Foi gargalhada geral. Imediatamente se baptizaram essas fotos como “fotos do Entroncamento”.

Resolvemos verificar as figuras que fizemos nesses escassos segundos de curtíssima metragem. Aquilo era digno de apanhados. Já não nos aguentávamos de tanto rir.

Depois resolvemos filmar mesmo de propósito. Para esse efeito contámos anedotas. Como estávamos em casa de uma médica, escusado será dizer que o tema das nossas anedotas era a ida ao médico, especialmente quando se tratava de pessoas da aldeia que não sabiam o nome científico de certas partes o corpo mais íntimas.

Já estava bastante tarde e nem demos pelo anoitecer. Tínhamos de ir para nossas casas. Foi uma tarde bem passada, sem dúvida. Há muito que não me divertia tanto.

De regresso a Águeda, ainda subimos para casa da nossa colega. Senti algo nas minhas pernas. Arrepiei-me porque já tinha visto esse filme há uns quatro anos atrás quando uma pequena gata preta e branca se pendurou nas minha pernas. A gata da minha amiga impressionava de tão parecida com a minha Juju. A reacção dela quando me viu foi exactamente a mesma. Seria a reencarnação dela? Até impressiona de tão parecida que é.

Chegámos a casa tardíssimo mas felizes da vida por termos passado uma tarde memorável.

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