Friday, June 29, 2007

Em busca de Artem Dzuba

Ver texto “Possível só em sonhos”

Naquela madrugada o meu subconsciente andou particularmente activo. O meu cérebro pouco deve ter descansado. Já vão ver as confusões oníricas em que eu me meti. Voltava um personagem deste blog e de alguns dos meus sonhos mais estranhos- o russo Artem Dzuba, Jogador Número Quarenta do Spartak de Moscovo.

No dia em que sonhei isto não tinha um computador para escrever o texto referente ao sonho, como sempre faço quando tenho oportunidade para isso. O remédio foi escrevê-lo por tópicos, tentando desenvolver o mais possível.

Tinha de começar por algum lado a descrever outro sonho confuso que envolveu gente que eu conheço, familiares, colegas e...Artem Dzuba. Nem o sonho era sonho sem a presença desse miúdo russo.

Na altura comecei o sonho pela parte em que se realizava um jogo entre Portugal e a... Ucrânia. Para disparatar, o referido Artem era...guarda-redes. Na vida real ele é russo e até é avançado. Nos dias que antecederam essa partida de Futebol, a selecção dele estagiou num complexo desportivo que existia, imagine-se, perto de minha casa. Deve ser aquele que eu ando sempre a dizer que mando construir lá se um dia me calhar o Euromilhões. Se os outros sonhos se realizam, gostaria imenso que este também se realizasse. Não é a primeira vez que sonho com a parvónia do meu burgo fortemente urbanizada com centros comerciais, discotecas, centros desportivos e afins.

Agora incrivelmente, a cena passa-se em casa da minha madrinha (por acaso a minha família e a dela desentenderam-se agora por causa da casa do nosso primo que morreu o mês passado na Figueira da Foz). Ainda era na casa velha onde a minha tia ainda tem os seus animais. Ouvi dizer que o Artem estava com o meu primo lá. Eu disse à minha mãe para lá irmos, mas ela disse que não estava ninguém ali. Eu fiquei a pensar que ela não queria ir lá por andar zangada com a minha madrinha. De facto, e após várias insistências em chamarmos, ninguém apareceu. Dei o tempo por mal empregue, pois tinha lá ido de propósito para o ver.

Sempre atrás do Artem, viajei com a minha mãe (imagine-se!) para...Moscovo. A cidade apresentava um aspecto rude. Havia um monte de entulho no chão. Subi com a minha mãe a um monte de ferros velhos e enferrujados. O objectivo era ver se via o...Artem. O estádio iluminado e com uma relva bem verde contrastava com a paisagem daquela cidade. Apesar de as luzes estarem acesas, ninguém se encontrava no interior daquele complexo desportivo.

Deixem estar que agora vem aí disparate do bom, apesar de isto ser um sonho e de tudo ser permitido nas representações oníricas. Bem, o disparate maior foi mesmo lá atrás com a minha mãe-de forma incrível- a acompanhar-me em busca do Artem. Comparado com o que atrás se relatou, isto até é menos disparatado, digamos assim.

Todos nós regressámos à pequena sala de aulas da ACAPO. Todos e mais alguns. Eu nem sabia onde me sentar e acabei sentada numa das pontas da mesa com mais gente. Estávamos todos colados a todos. Estavam ali todos os meus colegas, amigos, conhecidos e mais um Rui que eu não conhecia. Por acaso agora na formação anda um Rui que eu não conheço. É curioso!

Como ainda havia mais alunos ali a frequentar as aulas, e havia muita gente ligada à música, alguns iam para a sala de multimédia e cantavam...fados. Para minha tristeza, levavam sempre o Artem para lá. Estava passada com a situação. É que nem podíamos sair dali ao intervalo para não perdermos o lugar. Na outra sala continuavam a cantar fados e eu chateava-me. Nem pensavam em ir ao intervalo. Também aquela sala rebentava pelas costuras de gente que não queria perder assento nem por nada.

Regressámos à confusão da nossa sala. Como atrás referi, estava sentada numa das pontas da mesa, de costas para a porta. A meu lado estava, imagine-se, a esposa do Presidente da ACAPO-Centro. Agora é que eu me lembro disso.

Entretanto prosseguia a cantoria do outro lado, para mal dos meus pecados. E eu estava mesmo atenta ao que se passava na minha sala? Claro que não!

O relógio de pulso tocou. Eram seis da manhã. Faltava ainda meia hora para me levantar. Aquele ainda não era o despertador “oficial” para me levantar. Virei-me para o outro lado e voltei a sonhar com as mesmas cantorias, até que uma se sobrepôs às outras. Era a do telemóvel a anunciar que eram horas de me levantar e de acabar com todo aquele circo.

Resta dizer que, ma altura em que o telemóvel tocou, o sonho já metia estranhas apostas e tudo. Era um colega meu que me contava, à noite, na rua e com muito frio o que se passava do outro lado. Fiquei na dúvida se era mesmo o Artem que ali estava se era o rapaz que eu amo e que também adora música. Lamentava-me perante o meu colega por não poder ajudar aquele rapaz de Leste como devia por culpa de algumas pessoas que resolveram dividir a turma. Só eu o podia ajudar por ter algumas bases em línguas eslavas.

Rindo como só ele sabe, o meu colega foi revelando o teor das estranhas apostas que proliferavam na sala onde tinham aulas. Umas estranhas aulas, diga-se. Nós com aulas a sério e eles com cantorias e apostas em que tudo servia. Disse-me o meu colega que até um caixão serviu de aposta.

Perguntei-lhe pelo Artem. Obtive como resposta o toque do telemóvel. Fiquei chateada porque me apetecia estar naquele diálogo eternamente. Um dia frio esperava-me na vida real. Nada de Artem que vem do frio.

Depois de estar bem acordada lembrei-me que adormeci a ver o “Um Contra Todos”, na altura em que uma concorrente que dava aulas de Português a estrangeiros disse a Malato que os russos eram os estrangeiros que mais depressa aprendiam a nossa língua. Isso fez com que imaginasse as aulas de Português Vernáculo que iria dar ao Artem. Para terem uma ideia, a primeira aula seria sobre nomes feios que se usam chamar a árbitros cá no burgo.

Como acontece todas as manhãs, coloco um CD como banda sonora de me preparar para mais um dia de trabalho. Nessa manhã calhou a Romana. O CD estava sujo ou riscado.

Estava também a cortar uma unha de um pé que já estava enorme e cortei-a até fazer sangue. Eu sou assim!

A manhã de trabalho foi perfeitamente normal.

Quando o autocarro 29 passou na paragem, dei conta de que estava a decorrer uma qualquer discussão. A selva a funcionar ali. Mas nem é preciso ir no 29 para se passar pelo hospital e para ver a azelhice das pessoas a lidarem com senhas de autocarro.

A tarde foi pouco movimentada. Reza a crónica que só tirei duas senhas. Estava fraquinho. È o tempo que não ajuda.

Na farmácia tinha medo de passar num sítio. As obras ainda continuam.

O treino foi feito de forma condicionada e apenas teve a duração de 45 minutos. Vinte e cinco dos quais foram passados a correr de forma contínua. Foram quase nove, as voltas que dei a uma das pistas de fora. Depois foi só fazer alongamentos e ir embora antes que arrefecesse.

Cheguei a casa e fui procurar algo para comer. Para minha surpresa encontrei os queijos que eu julgava ter levado para a minha terra.

Doíam-me os dentes e fui-me deitar cedo. Antes ainda vi um pouco de televisão.

Situação do dia:
E ainda dizem que eu sou toupeira! Vejam esta que nem conhece o material dela. No balneário houve uma rapariga que me perguntou se eu sabia de quem eram umas sapatilhas cinzentas dentro de um saco preto. Eu que sou toupeira disse que eram de uma rapariga que se tinha ali equipado. Na verdade, quem falava comigo era a própria dona das sapatilhas.

Bacorada do dia:
“Ou é dos Winom, ou é dos The Cure.” (Por mais voltas que dê à cabeça, não me consigo lembrar de qualquer sucesso que os Winom tenham cantado.)

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