Tuesday, June 12, 2007

Ir à farmácia com estas obras faz-nos mesmo doentes

As obras nas ruas de Coimbra irritam-me! Apesar de serem um bem necessário para a manutenção das ruas da cidade em óptimas condições, os grandes transtornos por elas causados enervam.

Na Avenida Humberto Delgado decorrem obras que nunca mais têm fim á vista. A paragem do autocarro foi desviada e existem buracos de um perigo incrível para quem vê mal e chega do trabalho ao anoitecer.

E para ir à farmácia?!! A estrada tornou-se irreconhecível e cheia de obstáculos. Volto a recordar que era de noite!

Tive de ir quase a rastejar e com as mãos no chão poeirento. Tive mesmo de me sentar no chão para saltar um degrau no passeio que eu julgava mais alto. Foi demais. É que eu arriscava-me a ir à farmácia aviar uma receita de gotas para os olhos e iria acabar por comprar qualquer coisa para as escoriações e esmurradelas se eu caísse por ali fora.

Estas obras deixam-me doente!

Se o termómetro estava certo, Coimbra já registava uma temperatura de 13 graus ás oito e um quarto da manhã. Nem parece que estamos em Janeiro. Não é nada normal registarem-se estes valores. O Céu veste-se de um cinzento claro. Nem chove, nem faz frio.

A manhã de trabalho decorreu normalmente. Parece que houve, no entanto, um problema qualquer com o computador. Nada de muito grave.

No autocarro é que havia alguém que não estava calmo. Aliás, era na rua e não dentro do autocarro. Era na paragem. Parece que uma passageira deixou ficar a carteira dentro de um autocarro. Desesperada, mandava parar todo o veículo que fosse amarelo e branco. Nada da carteira! Lá ficava ela, com o desespero estampado no rosto, à espera que outro autocarro passasse e lhe tivessem guardado a carteira. Acontece!

No Alentejo são as ambulâncias que têm acidentes graves. O resultado do sinistro saldou-se mesmo em alguns mortos entre doentes que eram transportados para consultas. Isto fez-me lembrar um acidente que eu presenciei há sensivelmente um ano atrás aqui mesmo em Coimbra.

Uma ambulância com riscas azuis vinha com toda a velocidade nas ruas da Baixa. Tinha bastante urgência em passar. Outra ambulância com uma risca vermelha vinha devagar. O seu destino era uma clínica ali perto, onde iria levar um doente de volta a sua casa.

Os dois veículos cruzaram-se na rua. Para dar passagem á ambulância da risca azul, a ambulância da risca vermelha galgou o passeio e atropelou uma rapariga que vinha a sair do trabalho. Os gritos dela chamaram-me a atenção e corri para o local, onde acorreu também imensa gente ávida de espectáculo. É assim a natureza humana! Parece que a ambulância pisou com a roda traseira o pé da moça. O curioso foi que a mesma ambulância que lhe causou o ferimento foi a mesma que a transportou ao hospital.

Vale e Azevedo também estava na ordem do dia. Deixem adivinhar o motivo: mais um processo em que o ex-presidente do Glorioso se encontra envolvido com réu. Adivinhei! Não aceito propostas para consultas. Desta vez o advogado está a ser vítima de um arresto de bens. Em causa está uma moradia adquirida na Grã-bretanha. Só falcatruagem!

A tarde de trabalho passou calma e sem nada a assinalar de relevante.

O treino também não teve grande história. Apenas andei a rolar durante trinta minutos e fiz os alongamentos da praxe durante outros trinta. Nada mais!

Nessa noite passava na televisão um programa sobre as mudanças climáticas no nosso planeta. Nem a propósito! Parece que daqui a cinquenta anos Portugal vai viver sob seca intensa, especialmente no Alentejo e Algarve onde as temperaturas quentes se vão tornar quase insuportáveis.

Por falar em altas temperaturas, em África os nossos pilotos que participam no Lisboa-Dakar continuam a percorrer o deserto naquele veículo que toda a gente que lê este blog sabe.

Situação do dia:
Sabem qual é o cúmulo da infracção ás regras da estrada? É um idoso de canadianas a atravessar lentamente a passadeira quando o semáforo ainda está vermelho. A referida criatura foi premiada com a buzinadela do dia emitida através de um táxi.

Bacorada do dia:
“O senhor ainda não pôs a gaita a tocar!” (Expressão tipicamente lusitana que quer dizer bastantes coisas, algumas delas bastante maliciosas. Neste caso apenas significava que o condutor do autocarro ainda não tinha ligado o sinal sonoro que anuncia as paragens)

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