Monday, June 04, 2007

Tempo útil

É incrível como por vezes se desperdiça o tempo tão desnecessariamente. Aprendemos aquando da nossa Formação na ACAPO que devemos gerir bem o tempo, mas uma coisa é a teoria e a outra é a prática.

Nesta sessão de treino que passo a narrar, passei mais tempo a fazer de tudo e mais alguma coisa do que a treinar. Parecia que andavam forças ocultas a impedir que treinasse em condições.

Comecei por deitar a garrafa da bebida em cima do banco e por ir dar cinco voltas de aquecimento. O aquecimento durou 15.33.53 minutos. Até foi rápido.

Acabei a corrida e andei uma eternidade à procura da minha garrafa. Não sabia já em que banco a tinha deixado. Se calhar alguém lhe tinha deitado um casaco para cima ou ficou tombada atrás de um saco de equipamento de alguém que chegou entretanto.

Não a vi e fui ao balneário ver se ela lá estava. Voltei para fora e voltei a procurá-la por alguns instantes que se prolongaram demais. Encontrei-a e fui fazer alguns alongamentos. Já estava a arrefecer e a chuva ameaçava cair.

Acabados os alongamentos tinha de mudar o calçado e fazer uns piques. Lá tive eu de voltar ao balneário para ir buscar os sapatos de bicos. Mais uns minutos que se perderam!

A garrafa sumiu outra vez. Mais tempo perdido a procurá-la. Que treino tão produtivo! Já chovia. Toca de ir novamente ao balneário buscar o casaco impermeável.

E finalmente consegui fazer o treino de velocidade debaixo de chuva. Seguiram-se mais alongamentos. Tinha de me despachar porque já estava a ficar demasiado tarde.

O treino teve uma hora de duração efectiva, mas quase que até aposto que nem 50% teve de tempo útil. O tempo que eu passei a procurar coisas e a apanhar coisas esquecidas acabou por fazer falta.

É assim! A pressa e a vontade de me despachar acabam sempre por me condenar a atrasar-me ainda mais. Foi demais naquele dia! Espero agora que tal situação não se repita, senão estou tramada com tanto tempo desperdiçado a andar de um lado para o outro.

O estado do tempo em nada diferia do dia anterior. Ameaçava chover a qualquer instante.

Ia no autocarro para mais um dia de trabalho. Desta vez parecia que nada se iria passar. Estava a pensar nisso quando um estrondo na parte traseira me fez acordar para a realidade. As coisas de uma rapariga tinham caído para o chão e andavam espalhadas por debaixo dos bancos.

A Piscina esteve encerrada da parte da manhã para tratamento. Isso significou que o trabalho não foi muito.

À tarde as coisas estiveram normais. Destaque para os alunos de uma escola que demonstravam toda a sua alegria por irem para a Piscina cantando afinadamente o tema do “Gato Fedorento”. Gostei de ouvir! Sim senhor!

Era já o segundo dia consecutivo em que corria desalmadamente atrás do autocarro. Que pontaria!

Na paragem havia obras. Todo o cuidado era pouco. Um pé num buraco ou um escorreganço em areia e era a morte da artista.

Já sei porque é que tinha pressa em treinar! Tinha de ir ainda ao Pingo Doce. Ah! Fui lá mesmo a correr.

E sem stress cheguei a casa. Agora estava nas calmas. Devo-me ter deitado cedo como sempre. O frio começava a apertar.

No Lisboa-Dakar os nossos pilotos ainda continuam de férias em Marrocos. Parece que de lá não saem tão cedo. Mal o Sol começa a aquecer, a choça velha que os transporta começa a escaldar e a deitar um fumo intenso. Assim eles não podem prosseguir.

Situação do dia:
Regressou a loiça partida à cantina. Que novidade! Desta vez eu participei activamente. Alto aí! Não pensem que fui eu que parti a louça. Eu ia partindo um copo também, mas não parti. Quando fui entregar o tabuleiro num dos carrinhos senti que a funcionária o puxava para trás. Parece que um tabuleiro tinha caído no chão e a louça que lá estava tinha partido toda.

Bacorada do dia:
“Isto hoje nem amanhã!” (Expressão típica de impaciência.)

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