As grandes causas fizeram-se sempre de grandes homens. E mulheres, como é este o caso.
Não estar de acordo com as convenções da sociedade onde vive não é um ato de revolta, é um modo de ser e de estar. É a crença de que não se deve baixar os braços e se deve lutar, mesmo que isso custe a vida.
Evgenia foi uma revolucionaria desde tenra idade. Desde cedo que acreditou que tinha o seu lugar na história da Rússia como anarquista, revoltosa ou revolucionária.
Lutou pela causa comunista e, desiludida com esta, revoltou-se pela falta de liberdade que grassava na mãe Rússia. Roubou por ideologia, viveu na rua no meio de prostitutas e vagabundos mas sempre lutou pela liberdade dos presos políticos, dos quais o seu marido e grande amor fazia parte. Com a descrença na liberdade do seu marido, Evgenia, tornou-se assim mais revoltosa e agressiva para com os senhores que privavam os cidadãos da sua liberdade e os torturavam.
Com a condenação á morte do seu marido, a revolta de Evgenia atingiu o seu auge. Ela não tinha mesmo nada a perder e lutaria até ao fim, tal como fez.
Acabou mesmo por ser fuzilada mas vendeu cara a derrota. Foi uma guerreira, uma lutadora, a sua abnegação pode inspirar aqueles e aquelas que lutam por alguma coisa.
Ainda deixou uma autobiografia que escreveu na solitária onde foi deixada antes de partir para o seu derradeiro destino que ela sabia que era a morte.
Sem dúv ida um exemplo inspirador de uma mulher de coragem que desconhecia que alguma vez existiu.
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