Monday, February 14, 2011

Veículo improvável de Sócrates assaltado

As eleições já lá vão mas no meu subconsciente o período eleitoral ainda marca presença.

Mais uma vez o local onde se desenrola esta trama onírica é o mesmo local de sempre. Sinceramente não sei o que significa aquele local mas, quem lê assiduamente os meus posts de descrição de sonhos, constata que a esmagadora maioria das minhas experiências enquanto durmo ocorrem a cerca de cem metros de minha casa. Ou ocorrem na terra atrás da casa da minha vizinha, ou mesmo ao pé da ponte como é o caso deste sonho.

Uma auto caravana estava estacionada no caminho que dava para as Cavadas. José Sócrates percorria Portugal nesse veículo para apregoar as suas novas políticas e convencer os descrentes eleitores portugueses para continuarem a acreditar nele.

Como a auto caravana de Sócrates se encontrava nas imediações de nossa casa, quando o Primeiro-ministro se ausentou do seu veículo, o meu pai e o meu vizinho decidiram assaltá-lo e roubar algumas coisas. Era um luxo lá dentro e Sócrates só tinha produtos caros de toda a ordem. Perfumes, roupa e até alimentos eram do melhor que andava no mercado. Eles levaram o que puderam e demonstraram algum prazer em terem assaltado tão ilustre personagem.

Chegou a altura de ir a votos. A auto caravana de Sócrates era igualmente o local onde se tinha de votar, imaginem. O veículo branco encontrava-se numa terra que a minha mãe já explorou no passado. Quando eu era pequena, por causa de uma embalagem de detergente que vi no pequeno riacho, decidi descer de costas. Não medi bem a altura e caí desamparada lá para baixo. A minha sorte foi que caí de costas em cima de um molho de mato que assim amortizou os efeitos da queda. Se acaso tivesse caído directamente lá em baixo, provavelmente a esta hora não estaria aqui a contar esta aventura.

Era esse espaço que se tinha de atravessar para exercer o nosso dever cívico. Uma simples e estreite tábua de madeira que mal aguentava o nosso peso servia de ponte entre a estrada e a terra. Se a tábua partisse ou se nós perdêssemos o equilíbrio, lá íamos parar ao ribeiro e desta vez não haveria molho de mato para amparar a queda.

Tinha medo de atravessar. O meu pai e o meu vizinho estavam-me a ajudar mas a tábua oscilava e a visão do fundo do ribeiro sem água aterrorizava-me. Apesar da ajuda, desequilibrei-me. Estava em queda livre quando acordei.

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