Monday, February 07, 2011

Pijamas desaparelhados e às pintinhas

Não sei se este sonho teve a ver com o estado em que acordei antes de voltar a adormecer mas provavelmente terá tido algo a ver com esse doloroso episódio. Se não teve, e caso para me preocupar com a possibilidade de voltar a um tempo doloroso e triste da minha vida

Acordei eram cerca de duas e meia da madrugada com uma intensa dor na nuca. Era mesmo uma dor insuportável. Provavelmente estava a dormir em má posição. Quando a dor acalmou, voltei a adormecer rapidamente.

Sonhei que me encontrava no meu quarto em minha casa e recuperava de um problema de saúde que ainda necessitava de algum tipo de cuidados. Encarei este sonho como um retrocesso para um passado longínquo em que uma enfermeira me vinha fazer o penso à perna de dois em dois dias.

Logo aos primeiros sinais da manhã, uma enfermeira chamada Lurdes viria visitar-me. Eu preparava-me para a visita. Depois de ter tomado banho, vasculhava nas gavetas da cómoda em busca de um pijama limpo. O que encontrava deixava-me desesperada. Tinha pijamas de mil e uma cores mas eram todos às pintinhas pretas. Que falta de gosto! Na altura em que eu padecia do problema na perna a minha mãe comprou uma espécie de calções de algodão na Feira da Moita que também eram todos assim. Onde raio fui eu buscar isto agora?

Para além de só encontrar pijamas às pintinhas no meu sonho, ainda cometia a proeza de não encontrar um pijama completo. Ora apareciam as calças de um, ora a casaca de outro. Nunca o conjunto completo. Isso deixava-me extremamente aborrecida.

Já ouvia ao longe o alarido da ambulância que transportava a enfermeira e já via o semáforo a reflectir na porta envidraçada da sala. Ainda não era completamente de dia, tinha a luz acesa do quarto e a porta estava aberta para a sala. Esta última parte deste sonho leva-me igualmente ao mesmo período que há pouco referi. Não ia de pijama para as consultas mas os bombeiros apareciam era ainda de noite, apesar de estarmos em Agosto- altura em que saí da ortopedia.

Mas que raio foi isto hoje? Vou estar atenta a este tipo de sonho. É que tenho um joelho que na realidade anda pelas ruas da amargura. Vamos a ver se não tenho de me chatear e de voltar ao mundo das zaragatoas e dos exames dolorosos.

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