Monday, February 14, 2011

Esta noite de Futebol prometia

Contava os dias para que chegasse finalmente esta quarta-feira futebolística depois dos acontecimentos no final do jogo do passado sábado entre o Benfica e o nacional.

Na minha cabeça já pairava um plano para fazer um acompanhamento nunca antes visto dos dois jogos que iam decorrer com a diferença de meia hora um do outro. O jogo que opunha o Porto ao Nacional tratava-se de um jogo antecipado da Superliga. Parece que o Porto encara com excessiva seriedade o confronto com o Sevilha e por isso decidiu antecipar esta partida em quase um mês.

Já o jogo que em Vila do Conde opunha o Rio Ave ao Glorioso contava para a Taça de Portugal. Eram os quartos de final. Quem vencesse defrontaria o Porto nas meias-finais.

Para que aquilo que inicialmente planeei desse certo, havia de depender de alguns factores. O número mágico era o onze. Passo a explicar:

Iria estar atenta às tropelias do jogador do Nacional que foi o protagonista juntamente com Jorge Jesus daquelas cenas lamentáveis. Já que ele gosta de se meter com argentinos aparentemente sociáveis e bastante populares entre os adeptos e que vistam a camisola onze, temi pela segurança do Marianito.

Os meus planos de protecção ao Marianito à distância, digamos assim, caíram por terra visto que André Villas-Boas deixou o argentino de fora dos convocados. Resta saber se em Vila do Conde o jogador argentino do Benfica que também veste a camisola onze e conheceu as agruras de se cruzar com Luís Alberto da Silva dos Santos (que com estes dois apelidos poderia ser da minha família mas não é) iria ou não jogar.

O aliciante do jogo de Vila do Conde prendia-se com o facto de ser provavelmente o último jogo de David Luiz com a camisola do Benfica. Num negócio que está a conhecer avanços e recuos, parece inevitável a transferência do central brasileiro para o Chelsea.

Deixemo-nos de paleio, que já deveis estar fartos de ler destas baboseiras. Vamos aos jogos!

Moutinho abre as hostilidades com um remate que Bracalli consegue deter. Este lance precede a jogada do primeiro golo portista da autoria de Hulk, pois claro. Tinha de ser ele.

Aos treze minutos a bola chegou mesmo a entrar na baliza do Porto mas Mateus estava fora de jogo. O mesmo jogador fez uma falta do outro lado do campo marcada rapidamente por James. Por pouco não era golo.

O Porto foi sempre mandando no jogo e criou grandes oportunidades de ampliar o marcador. Quem marcou o segundo golo? Hulk a passe de João Moutinho. Um belo passe, diga-se.

Hulk ainda teve uma grande oportunidade de fazer o hattrick mas falhou. O Porto ainda chegou ao terceiro golo através de um chapéu de James. Hulk foi determinante na jogada. O intervalo chegou com três golos sem resposta dos portistas perante o Nacional.

No jogo de Vila do Conde, Joaquim Ritta agoira: “e se David Luiz se lesiona? A utilização do brasileiro é completamente desnecessária face ao que está em jogo“. Não posso deixar de estar mais de acordo. Às vezes as coisas acontecem.

O jogo recomeça no Dragão com o central Maicon a falhar o quarto golo. Foi a primeira de várias oportunidades criadas no mesmo instante. James testa mais uma vez a pontaria e a de Hulk demonstra estar afinada de mais. De cabeça o brasileiro envia a bola à trave. José Nunes que comenta o jogo para a Antena 1 excita-se:
- “Muito bem Radamel Falcao de cabeça à trave...AH NÃO… FOI O HULK!”
Refira-se que o colombiano nem sequer estava em campo.

É anulado um golo a Cristian Rodrigues por falta. Com um feitio complicado, o uruguaio protesta. Admiração seria se ele ficasse calado. Já Fucile é na mesma.

Falando em temperamentos, foi o mote para adivinhar com quem Luís Alberto se iria meter desta vez. Com Cristian Rodriguez era giro. Com a língua que tem...Passados instantes, já a honra da família do jogador do Nacional andava pelas ruas da amargura. É que a língua deste uruguaio é aguçadíssima.

Com Walter o duelo é que ia ser lindo. Trata-se de um jogador excessivamente corpulento para a prática do Futebol, digo eu. Ele era bom para desportos de combate ou levantamento de pesos. Fora de brincadeiras, o Jogador Número Dezoito do Porto lembra um pouco Ronaldo e Adriano- jogadores brasileiros também com peso a mais mas que até marcavam muitos golos.

Nem Rodriguez, nem Walter. A vítima de Luís Alberto rebola-se no chão com grande aparato. É João Moutinho.

Luís Alberto trava um diálogo com Hulk, me parece, mas só estão a conversar. Entre brasileiros eles lá se entendem. Pior é se são argentinos e no Benfica para grande azar dele é quase meia equipa e do meio-campo para a frente. Então contra a equipa dele por azar estavam todos em campo, a chatear com os seus lances criativos que nem lembram ao Diabo. Ainda há esperança de que estes lances nos dêem ainda o título mas dependemos do Porto.

Em Vila do Conde o jogo ficou marcado pelas grandes penalidades. Foram quatro mas Cardozo e João Tomás falharam uma cada. O Benfica acabou por seguir em frente na Taça onde vai defrontar o Porto. Jara desta vez não jogou, para meu desgosto. Se tivesse jogado, o árbitro assinalaria aí umas dez grandes penalidades. Tudo porque, já sem pernas para travar as suas incríveis jogadas, os jogadores do Rio Ave só o podiam travar em falta.

Acabada a noite futebolística, fui à minha vida.

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