Tuesday, January 18, 2011

Sonhos deveras movimentados

Agora que leio os apontamentos que tirei há uns dias atrás e comparo com o que tem andado a acontecer na minha terra com o envenenamento de alguns animais, constato que afinal esta ideia de apontar os sonhos a partir deste ano de 2011 está de facto a dar os seus frutos.

Acordei sobressaltada. Apenas me lembro de ter sonhado com cães. Um presságio? Reza a experiência recente destas coisas dos sonhos que sempre acontece alguma coisa quando eu sonho com cães. Desta vez, a julgar pela amostra, não foi diferente.

No sonho que se seguiu, a casa encontrava-se cheia de gente. A sala de jantar tornava-se pequena para tanta gente. Nessa festa ou lá o que era aquilo estava presente a irmã do meu padrinho- ela que não frequenta as festas em minha casa há imenso tempo. Ela veio do Luxemburgo, imagine-se. O ambiente ficou algo pesado porque ela retirou da sua bolsa umas molduras rosa choque que tinha sido o seu pai que lhas tinha entregue para nos dar a nós. O pai do meu padrinho tinha cometido suicídio há pouco tempo. Quando acordei ainda fiquei na dúvida se o senhor já teria morrido ou não. Ao raciocinar melhor e já devidamente acordada constatei que nada se passou com ele, pelo menos que eu tivesse conhecimento. A menos que algo tivesse acontecido nesse mesmo instante e aí teria de me dedicar definitivamente às ciências ocultas, pois os meus dons paranormais seriam algo que não seria de enjeitar.

Nada aconteceu ao senhor, portanto. O mesmo não se pode dizer de animais nestes últimos dias. Já lá vamos!

O ambiente alterou-se subitamente. A lareira estava acesa e as pessoas concentravam-se em torno dela a ver televisão. Toda a gente assistia a um animado programa que consistia numa espécie de apanhados do Futebol. Lances cómicos ou desajeitados eram merecedores de divertidos comentários dos presentes na minha sala.

Esta harmonia familiar voltou a ser brutalmente interrompida por um grande burburinho no exterior da casa. Fui ver o que se passava abrindo a porta da outra sala. Havia uma carroça virada. Os donos de um burro estavam desesperados à procura do animal pelas redondezas.

Enquanto se procurava o animal desaparecido, imensos cães e gatos arriscavam a vida numa estrada incrivelmente movimentada. Na berma já havia alguns animais mortos.

O meu pai apanhou um pequeno gato preto que jazia na berma. Com assombro constatou que a sua morte não se deveu a atropelamento mas sim a envenenamento. Os outros animais que corriam como loucos à frente dos carros provavelmente também teriam ingerido qualquer veneno. Qualquer semelhança entre estas últimas linhas que acabo de escrever e o que por estes dias terá realmente acontecido com a cadela abandonada que estava à minha porta e o gato de António Pinho é pura coincidência. Com um pouco de sorte até foi no mesmo dia em que tive este sonho.

Para terminar, antes de acordar lembro-me de estar a contemplar um estranho guarda-chuva com aparência de um livro que se espalmava e guardava numa carteira ou mochila. Está aqui uma ideia para aquilo que serão os guarda-chuvas das pessoas práticas.

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