Tuesday, January 11, 2011

“O Clube Dos Suicidas” (impressões pessoais)



E depois de ler duas grandes obras, eis que surge um pequeno livro que me deu pouco trabalho a ler. “O Clube Dos Suicidas” é uma obra muito bem conseguida de Stevenson.

Este livro está apenas dividido em três capítulos que podem também ser denominados de três contos diferentes. Estes três capítulos ou contos têm um denominador comum- as aventuras do Príncipe Florizel e do Coronel Geraldine envolvendo uma estranha sociedade secreta que tinha o nome de Clube dos Suicidas.

Os dois protagonistas tiveram conhecimento e iniciaram-se nesta sociedade por intermédio de um jovem que conheceram num bar a vender pastéis de nata. Ele conduziu-os até ao antro da sua obscura organização onde os forasteiros encontraram um ambiente de pura orgia.

Nessa noite ficaram a saber todos os terríveis meandros da organização. Todas as noites, a sorte dos candidatos a suicidas era destinada através das cartas. Era determinado assim quem morria e quem ia ser o seu carrasco. O Clube dos Suicidas não era mais do que um bando cujos seus membros se matavam uns aos outros. Estranhamente o presidente passava incólume por alegadamente viciar as cartas.

Na primeira noite, os forasteiros viram que um velho que curiosamente se chamava Malthus e era débil foi o escolhido para ser morto pelo homem que indicou o caminho ao Príncipe e seu acompanhante.

Não deixa de ser curioso o nome que Stevenson deu a este velho doente. Malthus foi um homem que acreditava que só os mais fortes conseguiriam sobreviver às leis da Natureza. Se os mais débeis viessem reclamar alimento, outros como eles reclamariam os mesmos direitos e havia uma desordem imensa. Por essa razão os mais fracos deveriam desaparecer. Curioso como este homem aparecia no Clube dos Suicidas.

ando na segunda noite calhou ao Príncipe ser morto, logo o Coronel tomou providências e assim ludibriaram alguns dos membros do clube. O Príncipe perdoou os pecados a alguns mas prometeu vingar-se do presidente através de um duelo com o irmão do Coronel.

No segundo conto, o presidente do Clube dos Suicidas engendra um plano para exterminar o seu adversário de duelo. O jovem é assassinado mas tudo é combinado para que as culpas recaiam sobre um inocente jovem americano que desesperado não sabe o que fazer. Surge outro antigo membro do clube que o ajuda e o reencaminha para o Príncipe. Enquanto isso, o jovem transporta a pedido do médico e antigo membro do clube o corpo do irmão do Coronel num enorme baú de Saratoga.

No terceiro capítulo o Coronel, através de um estranho expediente, tenta arranjar dois cavalheiros distintos para serem testemunhas da morte do presidente do Clube dos Suicidas na sua própria casa. Em duelo com o Príncipe, o malfeitor é abatido e o clube acaba assim as suas obscuras actividades.

A leitura desta obra foi positiva, embora estivesse à espera de mais acção e suspense.

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