Thursday, February 28, 2008

Comecei bem a semana

É o que eu digo! Quando eu já estou bem atrasada, eis que surge mais alguma coisa para ainda me atrasar mais.

Já em Anadia a camioneta se havia atrasado imenso. Eu pensei que a greve da passada sexta-feira tinha-se prolongado ou que, simplesmente, a camioneta havia avariado no caminho. Nem me digam uma coisa dessas! Isso já aconteceu algumas vezes e foi muito desagradável. Felizmente nunca aconteceu desde que eu estou a fazer o estágio e Deus queira que não aconteça.

Quando avistei ao longe a camioneta suspirei de alívio. Não foi desta que a camioneta avariou algures para os lados de Albergaria ou de Águeda. Tudo bem, mas o atraso já vai ser algum.

Já estava atrasada, mas tinha de arranjar maneira de ficar mais ainda. Toupeira dum Raio! Estava uma manhã de Sol radiante e algum frio. O Sol na paragem batia nos vidros dos autocarros e eu tinha dificuldade em ver os números.

Vi um 2 num autocarro e tratei logo de me enfiar nele. Saliente-se, mais uma vez, que já estava atrasada. Tinha imensa pressa, já estava nervosa e já esperava há algum tempo pelo autocarro. Pensando ter apanhado o 29, enfiei-me no 27.

Assim que entrei no autocarro, tive uma sensação estranha. Para já, o autocarro vinha mais vazio. Depois parte dos passageiros eram crianças que saíram mais adiante. Nada das pessoas velhas e doentes que têm consultas marcadas para as nove horas nos HUC. Nada da selva habitual em que o 29 se transforma todos os dias de manhã. Mas que raio!

Constatei que o autocarro não tinha ido dar a volta à Loja do Cidadão. Foi a direito. Mau!

Fiquei à espera. O autocarro seguiu a sua trajectória normal. Ao contrário do 29 que enche até mais não poder em cada paragem, aquele ia ficando mais vazio.

Com um pé atrás cheguei à Praça da República. Toda a gente saiu, menos eu. Foi então que o motorista me perguntou se eu não saía. Aquele autocarro só ia até ali. Depois iria recolher. Era o 27.

Não tive outro remédio senão percorrer o que faltava até Celas a pé. Era para aquecer. A manhã estava algo fria.

E lá fui eu por ali acima. Que remédio! Bem feita! Se a distracção fosse música...

Antes disso e ainda em casa: Mong e Léo voltaram a medir forças. Eles que haviam desaparecido naquela manhã.

Tive de me deslocar à farmácia que fica perto. Aproveitei a minha pausa para ir buscar um fraco de gotas que me estava a fazer falta. Incrivelmente, deparei-me com uma cena a puxar o insólito. Uma das farmacêuticas, alegadamente, estava a sentir-se mal. Logo num local onde há remédio para tudo.
Quando regressei, deu-me a sensação de haver um qualquer aparato na recepção da Piscina. Nada se passava de anormal.

Ainda bem que ultimamente tem aparecido muita gente da parte da tarde par nadar. Não tivemos mãos a medir com a quantidade de gente que frequentou as instalações. Assim é que se quer. Estou bem contente por vir imensa gente nadar.

Duas jovens perguntaram-me o que era necessário para se frequentar a Piscina. Julgando que elas se iam inscrever, logo lhes adiantei que necessitavam de atestado médico. Elas acabaram por se ir embora. O meu colega chamou-as para trás e disse que elas podiam entrar desta vez e entregar a declaração médica para a próxima. Acabaram por entrar com senhas.

Tivemos uma aula de Holandês diferente do habitual. Uma professora belga vinda de Antuérpia- salvo erro- que até estava lesionada deu-nos uma aula muito interessante sobre a época dos descobrimentos, as relações entre Portugal e a Flandres e o domínio do território indiano. Para isso recorreu a filmes e um livro muito curioso. Esse livro era acompanhado de umas gravuras muito engraçadas que vinham à parte. Essas gravuras representavam a ideia que os holandeses tinham da vida no Oriente. Contavam-lhes as coisas e os artistas colocavam a sua fértil imaginação a trabalhar a todo o vapor. Para alguns deles havia por lá uma espécie de cavalos que eram...azuis e as pessoas nativas desses territórios longínquos eram equiparadas a extraterrestres. Adorei aquela aula. Foi interessantíssima!

Cheguei a casa e mais nada de registo se passou. Estava extremamente cansada. Havia que descansar.

Situação do dia:
Como referi no início deste texto, acabei por fazer parte do percurso para a Piscina a pé. Quando cheguei ao local de trabalho senti um arrepio porque tive a sensação que a minha colega estava de mangas cavadas. E estava imenso frio. Só depois é que a Toupeira Dum Raio verificou que aquilo era uma camisola de malha da cor da pele.

Bacorada do dia:
“Altruísmo é ser autoritário.” (Conheço outra versão em que a ave rara diz que “ser altruísta é ser autónomo”.)

No comments: