Monday, February 25, 2008

Aniversário atribulado



No calendário normal estamos a 28 de Fevereiro de 2007, mas no calendário onírico parece que andamos sete meses adiantados. Pelo menos a julgar pela data em que se passa este rocambolesco sonho.

Pois bem, estamos aqui a 28 de Setembro de dois mil e...não sei. É o dia do meu aniversário, mas as coisas não vão correr lá muito bem, como irão ver.

Comecei por fazer uma coisa que é normal eu fazer: arrancar a pele dos dedos até fazer sangue. Porém, nesse dia exagerei e rasguei mesmo o dedo. Nunca tal me tinha acontecido. As pessoas viam o sangue e perguntavam o que se tinha passado. Com o ar mais natural deste mundo, ia dizendo que nada se passava e continuava na minha. Tenho aqui apontado que isto se deveu a uma qualquer cena da novela “Paixões Proibidas” que o meu subconsciente captou e transformou nestas cenas de faca e alguidar, digamos assim.

Viajei para Inglaterra, não sei a que propósito vinha isto. Também é só um sonho, mas para Inglaterra?!!! Passava por um local onde as ruas eram bastante estreitas, com casas muito baixas que se amontoavam umas em cima das outras. Tudo aquilo era bastante estranho! Naquela rua era raro passar um carro. Toda a gente andava a pé. Eu sempre fui dizendo para quem me quisesse ouvir que aquela rua era ideal para se dar uma corrida.

Mas que estava eu a fazer no dia dos meus anos em terras de Sua Majestade? Bem, parece que ia assistir a uma palestra sobre...José Mourinho, o Chelsea e outro clube estranhíssimo. Aliás, todo o sonho é estranhíssimo! Esperem!

Passo a descrever a criatura estranha que apresentava a palestra: tinha a barriga toda aberta com os órgãos de fora. Notava-se que estavam todos a trabalhar. Nem parecia alguém deste planeta. Usava a roupa com os botões todos desapertados, claro está!

Escrevia num quadro preto estranhos caracteres indecifráveis. Eu não entendia nada daquilo. Havia um elaborado sistema informático que se destinava à apresentação do material, mas tinha avariado, daí o humanóide recorrer ao método mais tradicional. Toda a gente estava farta de o ouvir.

A nossa viagem de regresso parece que se efectuou no mesmo dia. Ia a passar num sítio cheio de lama e bastante escorregadio. Caí e levantei-me várias vezes. Estava a ver que não saía dali.

O meu estanho sonho conheceu nova paragem. Desta vez passou por um cenário menos estranho: o Estádio Cidade de Coimbra. Lá um colega meu tinha feito um excelente resultado nos 1500 metros. Esse mesmo colega ontem tinha estado a falar em provas e a queixar-se do cheiro a comida retardada que se fazia sentir não sei onde.

O sonho termina com a festa do meu aniversário. Pois não havia aniversário sem festa, principalmente depois de todas as peripécias. Parece que ela decorreu em Coimbra. Entre os convidados estava presente o filho do meu vizinho que era ainda mais pequeno do que na realidade é.

E está assim descrito mais um sonho estúpido e bem estranho. Passemos à realidade que encontrei depois de bem acordada.

Parece que não cantei o Hino Nacional. Acho que é melhor ser ao deitar.

Não estava frio, apenas estava uma manhã com alguma chuva.

E queixava-me eu que as coisas nos autocarros têm andado muito sossegadas ultimamente. Pois agora regressa a rebaldaria. Ia eu a dormir tão bem, embalada pela música quando o raças da vizinha de cima- que tinha também de vir no mesmo autocarro que eu- me perguntou se eu ia a dormir. Eu apanhei um valente susto.

Foi já no regresso que de tudo aconteceu. Parece que até me ouviram dizer que tinha saudades da rebaldaria nos autocarros. Muitas são as pessoas que colocam as senhas ao contrário nas máquinas e queixam-se que as máquinas não funcionam ou coisa assim. Há ainda pessoal que pensa que quando compra uma senha ao condutor ela não tem de passar pela máquina. Quando o condutor lhes diz que a senha deve ser picada, ficam espantadas e sempre vão dizendo que não sabiam.

Mas esta merece o prémio de lamechice pegada dentro dos autocarros. A criatura alegou que a máquina avariada do autocarro 4 lhe estragou a senha. O condutor fez o que devia fazer nestas situações: rubricou a senha e disse à ave rara que não poderia voltar a viajar com aquela senha. Teria de se deslocar a um posto de venda dos SMTUC para lhe darem uma nova senha ou as viagens que faltavam. Até parece que ofenderam a mulherzinha! Começou a disparatar com o condutor dizendo que não tinha disponibilidade para se deslocar a qualquer lugar para resolver o problema da senha e que não tinha culpa da máquina do outro autocarro lhe ter estragado a senha. O condutor disse-lhe que quem lhe deveria ter rubricado a senha era o condutor do 4. Assim já se evitava toda aquela cena.

A discussão aqueceu e a mulher disse:
- “Já ando tão doente, tenho tanto problemas lá em casa...”
Tadinha! Que pena! Estou tão emocionada! Quem discute assim vende saúde.

O tempo abriu. A instabilidade climatérica é normal nesta época do ano. Se calhar é por isso que certas pessoas andam irritadas e ainda irritam os outros.

Da tarde de trabalho não há assim nada a registar. Só houve uma rapariga que pagou uma senha com moedas pequenas. Deve ter sido uma complicação! O movimento esteve normal.

Afinal- e com muita pena minha- Karyaka sempre regressa à Rússia. Ele que é um dos meus jogadores preferidos do Benfica. Estou a falar a sério. Pena não ter tido a sorte do seu lado. Pode ser que um dia regresse e seja mais feliz. Vou esperar que sim.

A aula continuou a ser dedicada ao adjectivo e às peças de mobiliário de casa.

Em Alvalade, Sporting e Académica jogavam para a Taça de Portugal. Liedson e o Sporting começaram bem cedo a desenhar o triunfo. A defesa da Briosa tremia por todos os lados. Era um autêntico passador. Manuel Machado cometeu um erro tremendo ao alinhar com três centrais. Ainda bem que o Destino do jogo o obrigou a emendar a táctica suicida e masoquista que permitia a Liedson fazer o que bem lhe apetecia.

E Litos acabou por se lesionar à maneira de não poder continuar em jogo. Foi preciso isto para haver mexidas e para a Briosa começar a assentar. Vítor Vinha entrou para o lugar do experiente central da Académica.

Vítor Vinha acabaria por ser expulso já no decorrer da segunda parte após um lance mais duro sobre João Moutinho. Antes, o mesmo jogador efectuou um remate bem perigoso para a balia do Sporting.

Incrivelmente, a Académica acabou por chegar ao golo quando ficou reduzida a dez unidades. Quem marcou foi Dame já no final do jogo.

Estava cansadíssima. Era hora de dormir. Amanhã há mais peripécias, seguramente.

Situação do dia:
Tinha o telemóvel a carregar enquanto ouvia música às escuras. Estava distraidíssima a ouvir uma bonita música dos Broa de Mel. Até saltei de susto quando o telemóvel apitou e acendeu as luzes. Sinal que já estava carregado.

Bacorada do dia:
“Estou a olhar para os comprimidos da Lurdes.” (Eram gotas.)

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