Sunday, March 04, 2007

Sou mau, sou terrível, sou uma peste...sou o Mong


A madrugada já ia alta quando eu fiz uma pequena pausa no meu habitual trabalho das madrugadas de Sábado para Domingo para ver o que se estava a passar na rua. Na rua é como quem diz...no terraço.

Ouvi algum gato a rosnar e pensei que era o Slava. À entrada da porta para a cozinha Mong estava escondido como quem espera o momento certo para atacar. O meu pai tinha-se levantado e correu o gato Léo que se refugiou no interior da cozinha para se proteger dos ataques ferozes do irmão. Com a ajuda de um cabo de vassoura, o meu pai enxotou o gato cinzento dali para fora.

Apesar das tentativas do meu pai Léo encolhia-se ainda mais. Sabendo do que se passava, eu pedi ao meu pai que deixasse ficar o gato. Sabia que ia haver confronto quando Léo regressasse ao terraço.

Mong é um gato temido. Nem o Ju conseguia ser tão sinistro. A sua cor negra faz dele um gato digno de ser propriedade de uma bruxa. Valeria uma fortuna se acaso fosse disputado por essas profissionais das ciências ocultas. Substituía mesmo um cão feroz na guarda da porta.

Ainda o gatinho negro cabia na palma de uma mão, já minha mãe dizia quando soavam os gritos de discussões entre Max, Ju e outros gatos de fora:
“Quando cresceres hás-de chegar para eles todos e dar uma tareia no gato amarelo (gato enorme e imbatível que vinha do lugar)”

Mong cresceu, tornou-se um gato adulto. Não cobriu de tareia o Ju, o Max e o gato do lugar que vinha para os deixar feitos num oito. Parece que ele se dava bem com o Ju que já agredia o Léo. Com o Max não sei. No final da sua vida andava sempre com o Slava. Onde estava um, estava outro. A sua agressividade é agora cruelmente descarregada nos seus irmãos Léo e Slava que fazem o que podem para o evitarem.

Naquela madrugada Mong mostrou toda a sua maldade diabólica. Intimidado pela vassoura que o meu pai empunhava apenas para o mandar para a rua, Léo regressou ao terraço. Mong estava escondido entre a porta e uma arca. Quando Léo saiu, o diabo negro caiu-lhe em cima.

Desesperado, Léo tentou subir pelo pau da gaiola das catatuas. Mais ágil, Mong saltou e já esperava o irmão quando este subiu. Num golpe enérgico e brutal, Mong atirou-se a Léo que ficou à sua mercê sem reagir. Apesar de o gato cinzento ser maior, o negro é mais ágil. Nem o Ju era tão ágil.

A discussão prosseguiu em cima das placas e no palheiro. Eu estava pasma com os golpes terríveis do Mong.

Léo andava assustado e foi-se refugiar na lenha, mas Mong parecia estar em todo o lado à espera dele. Numa das vezes em que o gato cinzento tentou regressar a casa, o nosso cão correu atrás dele. Não lhe queria fazer mal mas ele assustou-se e desapareceu.

A minha mãe estava arrasada porque ele estava sempre em casa. Algo aconteceu. Léo não costuma fazer esse tipo de coisas.

No Ciclismo há a registar a queda grave que sofreu o ciclista australiano Paul Crake. O atleta nunca mais poderá levar uma vida normal. Sofreu algumas fracturas na coluna vertebral. É o lado negro do Desporto a mostrar-se.

No Ciclo-crosse, Sven Nijs também anda com algum azar. Teve uma avaria que o impediu de coleccionar mais um triunfo. Antes isso que uma queda aparatosa como a do australiano Paul Crake.

Laurens Ten Dam afinal ficou na Unibet .com. Apesar do interesse mútuo no regresso à Rabobank, o ciclista ficou onde estava.

Também houve Futebol e a preparação de tudo para uma semana de rotina. As aventuras em autocarros prometem continuar.

Bacorada do dia:
“Para darmos a extensão a um ficheiro carregamos na tecla TXT.” (Juro que passei os olhos atentamente pelo meu teclado e não encontrei essa tecla em lado nenhum.)

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