Tuesday, March 27, 2007

Para que é que eu falei em lesões?

O tempo registou significativas melhorias. Apesar de a chuva se ter ido embora, isso não significou que as condições meteorológicas me agradassem particularmente. Começa-se a sentir algum frio que nos faz lembrar que o Inverno se aproxima a passos largos.

Era uma tarde em que não chovia e em que o frio começou a apertar. Ao ver assim o tempo, comentei com os meus colegas da Piscina que era um risco treinar assim. O risco de lesões aumenta quando o tempo está mais frio.

Mas quem me mandou falar em lesões? Não sabia estar calada? É que eu tinha mesmo de me lesionar naquele treino. E as provas estavam aí.

O frio fazia-se sentir na pista do Estádio Cidade de Coimbra. Todos os atletas comentavam que começava a ficar agreste para se treinar. Somos desportistas de corpo inteiro e não podemos parar só porque está o tempo com frio ou com chuva. Se houver alguma lesão, ela é fruto daquilo a que se chama ossos do ofício.

O treino nestas condições consistiu em 30 minutos de corrida. Os primeiros vinte foram de aquecimento. Já fiz mais cinco minutos de corrida de aquecimento de propósito por causa do frio. Já para não haver problemas. Os restantes dez minutos foram dedicados a acelerações de 200 metros.

Enquanto eu corria, tive de saltar por cima de qualquer objecto que um outro atleta arrastava pela pista. Terei colocado mal o pé no chão?

Ao último de quatro piques de 200 metros, senti uma intensa dor numa coxa que me impedia de andar com normalidade. E agora para ir para casa? Terminei o treino um pouco mais cedo e fui para casa. Sempre cheguei a casa com dificuldade. Fui indo devagar pela rua acima. A minha preocupação agora era se ficaria a cem por cento para as provas de dia 8 que seriam as primeiras da época.

O gelo resolveria o problema juntamente com qualquer pomada que eu aplicasse na zona lesionada. Depois fui descansar. Já nada havia para fazer naquele dia. O frio também apertava.

O barulho fora de horas regressou às imediações da janela do meu quarto. São sempre os mesmos! Chegam da noite já bem bebidos e começam a disparatar a horas impróprias. Desta vez eram cinco da manhã.

O tempo melhorou. Como tenho vindo a referir neste texto, o frio começou o seu reinado e havia que sair à rua prevenida.

Nada de relevante se passou da parte da manhã na experimentação. A funcionária que lá estava antes arranjou um novo emprego e agora é um senhor que faz o turno da noite que também a substitui de manhã.

Depois do almoço aquele semáforo que foi tema de um texto anterior impediu que eu apanhasse o autocarro a tempo de não chegar atrasada. Ainda tentei correr atrás do autocarro mas ele já lá ia. Havia que esperar pelo próximo.

Foi neste dia que se realizou o sorteio para mais uma eliminatória da Taça de Portugal. O sorteio ditou que o Benfica recebesse o Oliveira do Bairro. Vai ser uma romaria de bairradinos ao Estádio da Luz. A pretexto de estar presente um clube da região, toda a gente vai visitar a Catedral e encher uma dezena de autocarros disponíveis para o efeito.

O Sporting desloca-se à Madeira para defrontar o União e o Porto recebe em casa o Atlético. Tudo jogos fáceis. Digo eu. Não irá ser assim. A surpresa surge de onde menos se espera.

Menos sorte teve a Académica que vai ter de receber o Vitória de Setúbal num embate entre duas equipas da Superliga. Vai prometer!

A tarde também se passou sem incidentes, a não ser o que eu vou narrar a seguir.

Foi bastante combalida que regressei do treino e isso fez com que recolhesse à cama mais cedo.

Situação do dia:
Um miúdo armou-se em super-herói, mandou-se das escadas e acabou por dar uma valente cabeçada do outro lado, na parede.

Bacorada do dia:
“Tenho aqui uma perna a vibrar, tenho um bolso no telemóvel.” (Um dia, todos os telemóveis terão bolsos como o dela.)

No comments: