Sonhei que tinha ido a casa dos meus pais largo tempo depois da última vez em que lá estive.
Recordava ter apanhado uma série de ratos no meu quarto. Alguns tinha esmagado com as minhas próprias mãos porque me estavam a morder.
Um deles cheguei a ferir com alguma gravidade. Ficou com o focinho desfigurado e, ainda não satisfeita, tinha-o obrigado a engolir uma pastilha de veneno. Ele tinha-me magoado imenso.
Tinha também uma caixa com dois pequenos pássaros e resolvi encerrar esse rato lá dentro. Apesar de a caixa ter furos, coloquei-a numa mala fechada que normalmente costuma ter roupa. A caixa ficou por debaixo de toda a roupa.
Quando então voltei, ao fim de algum tempo, resolvi ir ver como estava a caixa. Os animais ali dentro estariam decerto mortos. Não havia ar, água ou comida. Como me enganei!
Quando abri a caixa, verifiquei que os dois pássaros já eram três. Havia nascido outro muito lindo de um tom avermelhado. Enroscado a um canto, vendendo saúde, estava o rato que eu quase esmaguei e envenenei. Estava muito afável. Nada de me ameaçar com os seus horríveis dentes.
Eu estava intrigada. Como é que estes quatro seres se conseguiram reproduzir ou regenerar dentro de uma caixa fechada?
Era sem dúvida um mistério.
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