Este é um pequeno livro infantil que no original tem mais ilustrações de gatos do que texto. Ideal para crianças que começam agora a ler e a escrever. Recomendado até pelo plano nacional de Leitura.
Este texto invoca a preocupação da protagonista pelo desaparecimento do seu gato.
Lembro-me da minha própria história sempre que havia um gato que estava longas horas sem aparecer. Noventa por cento deles voltaram para casa mas houve outros que não se soube onde passaram os seus últimos momentos.
Também tal como a personagem, ficava a imaginar o que lhes aconteceu. Também imaginava sempre o pior, até que o gato surgia á minha frente são e salvo ou com algumas mazelas como aconteceu em alguns casos.
É muito comum um gato desaparecer. Muitas vezes a minha mãe dizia que o gato tinha caçado de noite e tinha ficado a dormir no palheiro. Outras vezes os gatos deslocavam-se para fora das imediações da casa, nomeadamente os machos na altura de acasalamento. Depois havia aquele gato que durante muitos anos se estabeleceu a cerca de quinhentos metros de nossa casa. Era o Mong e era todo preto com uns maldosos olhos verdes. Ele ia lá a casa mas sempre para armar confusão. A minha mãe andava sempre com comida no bolso para lhe dar quando o encontrava. Uma vez fechou-o mas ele voltou a fugir.
Há ainda a espantosa história do Van Gogh que andou anos sem vir a casa, tirando as aparições ocasionais a altas horas da noite. A minha mãe não o conheceu. Pensava que era um gato abandonado, extremamente dócil. Eu conheci-o porque ele tinha uma maneira peculiar de se ajeitar quando lhe pegavam. Colocava com força uma pata de cada lado no nosso ombro e foi aí que o identifiquei.
Quando um gato desaparece, é normal sentirmos angústia e ansiedade por não sabermos o que lhe aconteceu. Depois entra pela porta de casa adentro e tudo fica bem.
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