Sunday, October 01, 2006

Fui dentro

Se mandássemos nos sonhos que temos enquanto dormimos como comandamos o nosso pensamento em vigília, não passaríamos por algumas situações embaraçosas que nos enchem de angústia e nos colocam em dúvida se estamos acordados ou a dormir. E que alívio sentimos quando acordamos e constatamos que tudo aquilo apenas existiu no nosso subconsciente!

Vem isto a propósito do sonho que passo a contar. Como todos os sonhos, este tem uma certa dose de surrealismo e chega até a ser ridículo. Enquanto estava a sonhar não estava a achar piada nenhuma à situação, mas quando analisei o sonho mais a frio percebi que tudo não passou de uma deturpação do que se tinha passado na noite anterior.

Encontrava-me uma noite em casa. Soou um alarme e umas luzes amarelas acenderam-se por toda o lado. Corri para o computador onde tinha umas mensagens esquisitas. Ignorei-as e isso foi fatal. Poucos minutos depois tinha duas viaturas policiais à porta para me virem buscar.

Os semáforos dos dois veículos irrompiam pela noite escura. Levei as mãos à cabeça. Não queria acreditar no que se estava a passar ali. Comecei a chorar convulsivamente. Oh não! Ia para a esquadra de polícia. Tentei convencer os guardas a terem compaixão de mim e pedi desculpas pelo erro cometido. Eles ignoraram as minhas súplicas e empurraram-me à força para dentro de uma das viaturas, fechando-me a porta. Os meus pais e os meus vizinhos assistiam a tudo tristes e imóveis.

Mas afinal que tinha eu feito para me levarem presa? Melhor será falar daquilo que eu devia ter feito, pois disso se tratava. É ridículo, mas foi isso que aconteceu. Simplesmente me faltou alertar a Polícia do alarme que eram aquelas luzinhas que acenderam inicialmente. Na volta não respondi à mensagem. Só em sonhos mesmo!

O carro policial chegou rapidamente à esquadra. Lá dentro as pessoas olhavam-me por detrás das grades. Eu estava profundamente melindrada com a forma como os reclusos me abordavam. Passei por um corredor onde havia celas repletas de presos. Havia tigelas sujas e a comida não tinha bom aspecto. As camas eram uns colchões encardidos sem lençóis nem cobertores.

Acordei aliviada por nada daquilo se ter passado na realidade. Depois lembrei-me que tudo isto aconteceu na véspera. Para comprovar isso basta ler a mensagem anterior: o alarme e a comida esquisita foram dois elementos que passaram da realidade para o mundo dos sonhos. Pensando em tudo isto, agora até me rio.

Não resisti a contar este sonho nas aulas e o formador disse que devo andar preocupada com alguma coisa. Realmente até ando, mas isso é outra história.

Nessa sexta-feira de muito Sol é que foi o teste de ORMT. Tal como os outros, foi facílimo.

Na cantina esperava-me um almoço verdadeiramente...Há tantos anos que lá como e nunca me aconteceu detestar a comida como naquele dia. Para começar, a minha sopa favorita...para eu não comer: sopa de alho francês. É coisa que eu detesto. Como nesta altura do ano existe pouca gente a comer lá, só fazem um prato. Era peixe com batatas cozidas. Que horror! Comi o peixe com pão e deixei as batatas. Era pior que a comida que eu sonhei horas antes que havia na cadeia.

A tarde custou a passar como sempre acontece quando o fim-de-semana se aproxima. Sempre anseio chegar a casa para saber novas dos gatos.

Não havia surpresas desagradáveis em casa. Tudo decorreu sem que nada de anormal se passasse.

Anormal seria o Benfica fazer outro jogo a roçar o disparate. Perdeu com o Corunha por 1-0, mas jogou um pouco melhor. O golo dos espanhóis surgiu de uma falha clamorosa de Moretto que foi titular.

Situação do dia:
Parece que a cena se passou no dia 27. Na véspera, portanto. Andavam os meus pais nas habituais lides do campo quando viram passar a correr desenfreadamente um coelho selvagem. Sabem quem corria atrás dele? O gato Mong. A certa altura perdeu-o de vista e ficou pregado ao chão a olhar para um lado e para o outro.

Bacorada do dia:
“O Tsunami marcou golo na própria baliza.” (ora aí está uma boa alcunha para o Katsouranis.)

1 comment:

GK said...

LOL
Pelo menos não tiveste de recorrer a nenhum livro de Freud para analisar o teu sonho! É assim mesmo!

Bj.