Monday, November 29, 2010

Nove cães e mil e um disparates

Este é mais um sonho bastante confuso. Nem sei onde fui eu buscar tanto disparate junto. Aquela última parte então é demais. De uma coisa é certa: nem a dormir e nem no meu dia de folga me consigo livrar daquele inferno vivo que é uma colega minha de trabalho. Já não é a primeira vez que sonho com alguém que a possa representar em termos oníricos. Que chaga!

Tudo começa à porta de minha casa, pelo que eu me lembro. A estrada está algo enlameada. De um lado e de outro encontram-se cães de um amarelo dourado. Não parecem mortos, apenas sentados e imóveis. Contei-os. Eram nove. Tal imagem impressionava-me sem saber porquê.

Encontrava-me no meu quarto a ouvir rádio. A estação que ouvia nada tinha a ver com as que ouço habitualmente. Tratava-se portanto de uma estação de rádio onírica que passava também música que não existe na realidade. Com os estores corridos e alheia ao que se passava à minha volta, como sempre, a qualquer hora ouvia aquela rádio desconhecida.

Parece que atropelavam cães na rua e eu nem me apercebia. Na realidade só restavam há pouco tempo três cãezinhos dos nove da ninhada que realmente existiu.

Agora vamos ao momento alto, ao momento mais disparatado deste sonho! Num quarto que não era em minha casa e que eu nem seria capaz de identificar havia estranhos insectos. Moscas? Eram imensas e deslocavam-se aos montes. Tinha-as lá visto mas quando voltei lá já só havia umas poucas.

Na cama desse quarto estava um rapaz aparentando aí uns dezoito anos de idade. Tinha cabelos louros e uma pele muito branca. Parecia vindo de um país nórdico. Da Finlândia me parece.

Coloquei-me ao pé da cama. Ele parecia estar a dormir mas quando cheguei mais perto reparei que ele estava todo transpirado e com febre. Chamei um médico e apareceu…aquela criatura que tenho de aturar sempre. De bata branca ela lá estava. E a bata branca até nem fica mal ao raças da mulher. Dá-lhe realmente um ar de doutora. Ela que sonhe que eu teci este comentário!

Por incrível que pareça ela entrou pela porta da sala de minha casa. O passo seguinte era levar o rapaz ao médico. Ele não reagia. Parecia em coma devido à febre, ao imenso tempo em que já se encontrava naquelas condições. Terá sido picado pelos insectos que eram imensos.

Agora entra o disparate supremo. Realmente isto só em sonhos! Fomos a pé virados a Anadia. A minha caríssima e estimada colega seguia de bata branca à frente com mais uma ou duas pessoas enquanto que eu seguia atrás carregando ao colo com o doente que teimava em me escorregar.

Passámos por uma zona entre Vale de Avim e Moita chamada Pedras Alvas e eu já ia de rastos de transportar o doente ao colo. Ele continuava a escorregar e pesava quase tanto como um cão. Mesmo assim preferia carregar com ele eu sozinha do que pedir ajuda à minha colega que se afastava cada vez mais sem esperar por mim.

Continuava eu a minha difícil caminhada quando acordei. Eram cerca de seis menos um quarto. Estive para me levantar e apontar estas peripécias mas estava muito bem debaixo dos cobertores. Havia tempo de passar frio.

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