Wednesday, February 17, 2010

McDonald’s pouco acessível



Mais um sonho, mas uma pequena história e novamente as férias passadas em S. Martinho do Porto. Eis o que restou de uma noite muito activa em sonhos mas da qual apenas sobrou esta lembrança.

Eu e a esposa do psicólogo da ACAPO-Centro estamos ambas á espera de sermos chamadas brevemente para uma loja do Pingo Doce onde já prestámos provas. Talvez isso tenha influenciado o meu subconsciente a escolher a companhia para esta aventura a duas.

Então o que se passou foi isto: depois do jantar no restaurante estava uma noite fresca e escura. Subitamente apeteceu à minha amiga dar uma volta a pé. Havia um problema. Toda a gente que lhe poderia dar apoio estava cansada e sem disponibilidade para ir. Foi então que a minha pessoa se ofereceu para lhe fazer companhia.

As outras pessoas começaram a levantar ondas. Mas o que é que eu, que mal conheço aquelas ruas, ia fazer de noite com uma outra pessoa que não vê nada? Inclusive eu disse-lhe a ela que não conhecia bem aquela localidade.

À entrada da estalagem, já devidamente agasalhadas do vento que se fazia sentir, ela pegou ainda com mais força no meu braço e ordenou que seguíssemos, que ela sabia o caminho e sabia para onde nos dirigirmos.

Fomos caminhando e ela sugeriu que fossemos comer qualquer coisa a um McDonald’s que por lá havia. Eu fiquei surpreendida. Ir ao McDonald’s depois do jantar? Àquela hora? Não a consegui demover de tão absurdo desejo.

E lá entrámos no estabelecimento. Assim que lá cheguei, verifiquei que para se ir até ao balcão tinha-se de descer umas escadas íngremes e para depois chegarmos novamente à parte superior do balcão havia que subir dois daqueles bancos que normalmente costumam ser bastante altos, rodam e estão situados junto ao balcão dos cafés.

Eu avisei a minha colega de que não ia para ali mas ela aventurou-se. Alegando não me apetecer comer nada daquilo (até apetecia mas ao ver a acessibilidade perdi logo o apetite) fiquei sentada a uma das mesas enquanto ela foi em frente. Não a podia ajudar e ela também não pediu ajuda a outras pessoas que estavam presentes.

Foi com visível dificuldade que ela desceu até ao estranho alçapão mas quando foi a vez de subir os bancos desequilibrou-se e caiu. Toda a gente se começou a rir menos eu.

Alguém ao pé de mim e que aparentemente conhecia o meu péssimo hábito de só me rir da desgraça dos outros perguntou por que é que, desta vez, não soltei uma gargalhada. Fiquei furiosa com essa pessoa e com quem teve a triste ideia de pensar um espaço assim.

Acordei sem saber o desfecho desta minha cólera.

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