Sunday, February 14, 2010

Banhos de mar com ondas enormes



Mais uma noite de sonhos ainda mais disparatados do que na noite anterior. Depois de ter sonhado que na televisão passava um programa de homenagem póstuma ao cantor José Cid- que eu nem sabia sequer que havia falecido há tempos- eis que surge um sonho digno de descrição por aqui.

Ainda não era bem altura de ir para a praia mas eu, os meus vizinhos e mais umas pessoas que eu não conhecia fomos até Mira dar um passeio.

Estava um dia cinzento, algo chuvoso e a areia da praia estava molhada. Como estava a chover, tivemos de nos abrigar num café cheio de gente. A praia, apesar de não estarmos no Verão, até registava uma afluência bem interessante.

Parou a chuva e nós alugámos umas barracas azuis e brancas. Ficavam todas ao pé de umas das outras para estarmos todos juntos.

Não andava ninguém no mar. Ainda fazia um pouco de frio e a chuva era agora miudinha, acompanhada de um Céu muito encoberto. Tal como, no Verão passado, fiz em S. Martinho do Porto com os meus colegas resolvi aventurar-me sozinha no mar.

Na realidade, naquele dia ventoso de Agosto do ano passado, só eu e dois colegas (um deles totalmente cego) tentámos a sorte num mar agitado e cheio de algas. Mal entrámos na água, sentimos logo a intimidação de ondas enormes como nunca vi antes. Quando eu aterrei na areia, coberta de algas, olhei e só vi uma cabeça a imergir da água, desatei a gritar pelos meus colegas. Hoje rio-me mas na altura não achei o mínimo de piada. Aquelas ondas tinham mais de cinco metros de altura. À vontade. Por duas ou três vezes fui devolvida à areia por essas ondas gigantes. Mas por que carga de água foi isto transcrito para um sonho tantos meses depois?

Voltando ao sonho: só eu andava na água. O mar estava cinzento como o Céu e a rebentação demarcava uma linha branca de espuma no horizonte, como que a separar o Céu do mar.

As pessoas bem me fartavam de gritar para que saísse da água, mas eu continuei por lá mesmo a levar com aquelas ondas enormes. Até estava a achar divertido e o episódio de S. Martinho do Porto veio-me á memória. O que me fez então sair da água não foi a ondulação, mas sim o frio que estava a sentir.

Foi com algum alívio que o resto do grupo me viu regressar á zona das barracas. Toda a gente estava ainda vestida. No entanto tiraram as toalhas e os cestos do farnel para comerem qualquer coisa.

Enquanto me perguntavam se a água estava fria, nada melhor do que sentirem eles próprios na pele a sua temperatura. Uma onda enorme com espuma branca galgou a areia e foi até onde estávamos. Esta primeira onda apenas molhou a areia e os pés das pessoas mas não tardou a que a sorte mudasse.

Mais duas ou três ondas cada vez mais fortes invadiram a zona das barracas. Alguns objectos iam já a caminho do mar, de entre os quais a minha mochila que eu não queria por nada que se molhasse.

Com ar horrorizado, a minha vizinha começou aos gritos, implorando aos restantes membros do grupo que havia que fugir o mais depressa possível. Só que ela não corre nada.

Do fundo do mar avistei uma onda enorme que se formava ao longe com ar ameaçador, capaz de engolir uma cidade inteira. Estava instalado o caos. Havia agora que correr.

Afinal, o que parecia quase um tsunami não passou de uma onda inofensiva quando chegou ao pé de nós. Realmente no mar, caso andasse lá alguém a tomar banho, é que seria um caso sério pois ela ali ganhou altura.

Com tudo isto, acordei realmente a tiritar de frio. As temperaturas estão muito baixas para a época.

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