Wednesday, March 12, 2008

A fezada

Há coisas realmente estranhas que se passam connosco. É por isso que a vida e os comportamentos dos seres humanos continuam a ser um mistério difícil de desvendar.

A situação que aqui passo a relatar é real e passou-se comigo. Pena eu não ter ido jogar no Euromilhões nesse dia. Andava mesmo armada em bruxa e com uma premonição elevadíssima.

Depois de mais um dia de trabalho e de partida para mais um fim-de-semana, ia eu no autocarro a ouvir um pouco de música. Estava uma bela tarde de Sol e calor. Assim ia eu com o Sol a bater-me na cara. Que belo final de tarde!

De repente algo me despertou. Senti uma necessidade enorme de ir verificar o meu mail. Pressenti que havia ali algo de importante que me interessasse. Tinha mesmo de lá ir. Tinha mesmo de ser. Nem que para isso atrasasse um pouco o treino.

Na passada semana havia recebido uma mensagem de uma corrida em que eu gostaria de ter participado, mas não o fiz por não ter visto a mensagem a tempo. Agora tinha uma forte sensação de que algo do género pudesse ter sido enviado para o meu mail. Era inexplicável!

Saí na paragem como habitualmente. Nem fui a casa pousar as coisas. Não havia mesmo tempo a perder. Na loja de alcatifas lavavam qualquer coisa. Passei a correr para não ficar encharcada e lá fui eu em passo apressado em direcção à sala de multimédia da ACAPO.

Sentia uma incompreensível ansiedade. Não sabia explicar. Aguardava impacientemente que o computador estivesse pronto para abrir o meu mail. Ah! Penso que anteontem não o consegui abrir, por isso estava em pulgas.

Chegou o grande momento tão aguardado por mim de alguns minutos a esta parte. O mail foi finalmente aberto. Foi incrível! Estava certa de que tinha algo importante e inadiável.

Havia, de facto, uma mensagem do IPJ sobre um projecto de voluntariado para uma prova de Downhill a realizar em Coimbra. O prazo para os interessados se inscreverem terminava daí a pouco tempo. Se eu lá não ia...

Tratei logo de me inscrever. Isso custou-me iniciar o treino mais tarde. A minha premonição e o meu sexto sentido- digamos assim- funcionou na perfeição. É o que se chama ter uma enorme fezada.

O dia pouco diferiu dos anteriores em termos climatéricos. Sol e algum calor dominavam mais uma véspera de um fim-de-semana em que eu iria estar de regresso à pista de Atletismo do Estádio Cidade de Coimbra.

Pouco me recordo do sonho que tive. Só sei que discuti com alguém por causa não sei de quê. Também não interessa muito.

A minha manhã de trabalho decorreu de forma tranquila. Nada se passou que se pudesse destacar.

Diferente foi a situação na ESEC. Havia muita gente à entrada da escola e eu ia memo caindo porque havia alunos no meio do caminho. Houve quem passasse e perguntasse mesmo se se tratava de uma qualquer manifestação. No tempo em que eu lá estudava havia inúmeras greves e manifestações devido ao mau estado das salas de aulas no Pólo II. As instalações eram mesmo um perigo para a segurança e saúde da população escolar. Desconheço se ainda lá há aulas.

Junto às escadas que dão acesso à cantina e ao bar, havia pessoal com umas ervas estranhas e que emanavam um odor agradável. Que estranho!

Na cantina, a mesa onde costumam estar as bilhas da água foi retirada ou mudada para um sítio diferente. Eu detesto quando mudam as coisas de sítio! É a pior coisa que se pode fazer a uma pessoa com os mesmos problemas que eu.

Maldito autocarro! Voltei a chegar um pouco atrasada, mas ainda a tempo de tomar conhecimento de que o próximo adversário do Benfica nos quartos de final da Taça UEFA é o Espanyol de Barcelona- uma equipa que tem vindo a fazer uma carreira europeia irrepreensível.

O ambiente na Piscina até esteve bastante movimentado. A isso não foi alheia a subida de temperatura. Ainda se tiraram algumas senhas.

O treino antes de uma prova teve a duração de quarenta e cinco minutos repartidos entre vinte minutos de corrida a ritmo suave e alguns alongamentos para recuperar os músculos.

Depois fui para casa. Havia que descansar para aquele que eu prevejo que seja um grande dia. As indicações apontam para bons resultados, mas isso não quer dizer nada. Como me irei sair?

Situação do dia:
Para não variar, o incrível mundo dos autocarros amarelos e brancos que circulam nas ruas de Coimbra. Desta vez, algumas pessoas iam atulhadas de sacos de compras ou de comida. Isto passou-se quando ia para o almoço. Nem podia chegar-me para o outro lado. Quando o tentei fazer, logo pisei um saco de compras do velhote que ia à minha frente. E se ele lá levava ovos ou coisas que não pudessem ser pisadas?

Bacorada do dia:
Toxocoldepend...” (Valeu a tentativa!)

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