Wednesday, April 11, 2007

Lanche à holandesa







Estava planeado há muito que a última aula antes das férias de Natal seria destinada a um lanche com produtos vindos da Holanda. Tudo isto vinha a propósito das últimas aulas que tínhamos tido sobre a alimentação.

Estava curiosa por saber como eram todos esses produtos que se usam para barrar o pão. Aqui em Portugal não há nada parecido, nem aproximado sequer.

Iria chegar mais tarde por causa das aulas. Mesmo assim, cheguei bem a tempo de provar aquelas iguarias que estavam dispostas sobre a mesa. Um leitor de CD’s emitia música holandesa. Eu conhecia algumas dessas músicas. Outras nunca tinha ouvido.

Foram convidadas também outras alunas. Uma delas era belga. Aos poucos foram chegando os meus colegas e a sala foi ficando mais composta. Comeu-se, bebeu-se, conversou-se. Foi um final de tarde agradável e divertido. Experimentámos sensações novas e eu já evitei de inventar qualquer coisa para comer à noite.

O chocolate quente estava uma delícia. Aliás, tudo estava óptimo.

Começam os dias a ficar cada vez mais frios. Tinha de tomar banho logo de manhã bem cedo com as temperaturas bem baixas. Daqui ao futuro passa a ser pior.

Depois de ter feito o sacrifício de tomar banho com este frio todo, apanhei um valente susto mesmo quando ia a sair de casa. A minha senhoria ligou o rádio de repente e com o volume quase no máximo. Ia ao pé da porta e até dei um salto.

Esperava-me um dia bem divertido e fértil em situações insólitas.

Nas horas livres sempre vou aproveitando para trabalhar no blog. Ainda deu para escrever mais um texto.

Regressou a loiça partida à cantina. Que saudades do barulho de algo a escacar-se no chão! É lindo!

O que também foi lindo foram os nossos ensaios. De tudo aconteceu. A assistente social estava afónica e ficou descartada para o coro. Prosseguimos a nossa música, mas sempre acontecia algo. Os inevitáveis telemóveis começaram a tocar a meio do ensaio. Houve também quem se encostasse a uma mesa e esta cedesse. Uma cena de morrer a rir!

Na Zorba foi um pouco pior. Eu é que fiz a festa toda. Andava pelo chão uma coisa cor de laranja que se agarrava aos pés das pessoas e atrapalhava bastante a já aflita afinação dos passos. Parecia um pedaço de lã. Como eu estava sempre a olhar para o chão para ver se acertava com os passos e via aquilo a passar de pé em pé, a certa altura já não aguentava mais de tanto rir. Até fiquei grogue de tanto rir. A reacção das pessoas a afastar aquele artefacto dos pés era um espectáculo!

Isso inspirou-me e na minha mente surgiram ideias completamente estúpidas que ainda me faziam rir mais. Ao som da música da Zorba, imaginei como se dançava aquilo a pisar ovos. Seria demais! A pisar uvas pela vindima também dava jeito. Se calhar foi assim mesmo que os gregos a inventaram.

A tarde estava agradável e o estado de espírito estava ao rubro. Ia a caminho da Faculdade de Letras e ainda me ria dos meus próprios disparates com a Zorba. Eu sou incrível!

Não jantei. Vim sem fome do lanche. Havia roupa para estender e havia também notícias fresquinhas do mercado de transferências que está prestes a abrir. Parece que o brasileiro Fábio Rochemback quer regressar ao Sporting. Ele que enquanto estava em Alvalade só pensava em sair.

Situação do dia:
Não é a primeira vez que isto acontece. Se bem me recordo, da outra vez sacudiram um prato com restos de comida para cima de mim quando estendia uma toalha. Desta vez foi um saco plástico com lixo que quase me acertou na cabeça quando eu estava a estender roupa. Desviei-me por instinto.

Bacorada do dia:
Hals Muntolips” (Penso que foi mesmo assim que ele disse.)

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