Wednesday, April 11, 2007

Apesar da chuvva, do frio, do vento...

Para mal dos meus pecados, o tempo caprichou para me aborrecer. Estava ainda mais firo que nos últimos dias. A chuva caía forte e gelada, por vezes com grande intensidade. O vento era insuportável. Chegava mesmo a cortar. Enfim...

Não havia de ser nada. As condições climatéricas serviriam de desculpa para um hipotético mau resultado, mas o bom resultado nestas condições seria ainda mais valorizado. Em suma, o estado do tempo dava uma margem de manobra para se fazer o que saísse.

Felizmente as coisas correram bem. O frio exigia cuidados redobrados. Levei todo o tipo de agasalhos para prevenir eventuais lesões...mas não levou a toalha.

Havia que aquecer bem porque o tempo não estava para brincadeiras. Estávamos a meio da tarde e já parecia noite. O Céu estava cinzento bem carregado. A chuva parava, mas o vento frio fazia com que toda a gente aquecesse na pista de dentro.

Só muito próximo da hora da partida é que se ia lá para fora. Estava difícil.

Já se preparava a nossa sério de 60 metros quando começou a chover torrencialmente. A série já estava atrasada e voltei a vestir o fato de treino. Uma última série masculina demorava a partir.

Eles partiram e nós voltámo-nos a preparar para fazermos a prova debaixo daquela chuva e daquele frio. Iria ser difícil bater o meu recorde naquelas condições, mas de tudo iria fazer.

Soou o tiro de partida e lá fui eu a chapinhar na pista molhada. Fiz o que pude e...consegui. Por 20 centésimos consegui uma nova marca. Agora o meu recorde de 60 metros é de 12.47.

Metade do objectivo já estava cumprido. Tinha agora de esperar bastante pelos 150 metros que encerrariam o calendário. A espera foi dolorosa. O frio era muito e começava a sentir fome. O tempo custava a passar.

E depois de muito enganar o tempo chegou a hora da partida que- para não variar- não foi dada à primeira. Depois do tiro, corri o mais depressa que pude para aquecer. Apesar de uma fome de cão, o recorde foi igualmente batido. Foi engraçado: 32.32.

E foi em beleza que abri esta época que promete ser melhor que a do ano passado. Os resultados assim o demonstram. O frio e a chuva não me atrapalharam. Só se eu ainda fizesse melhor com outras condições meteorológicas. Não interessa. O importante foi que as coisas me correram bem.

Mais uma vez, fiquei espantada com as minhas capacidades sobrenaturais. Este sonho acabou por dar resposta àquilo que me havia escapado na passada terça-feira.

Disse eu que não me lembrava (ou nem sequer tinha visto) o nome do jogador do Spartak de Moscovo que entrou a poucos segundos do fim. Pois um sonho avivou-me a memória.

Sonhei que um telejornal abria com a notícia de que o Estádio de Alvalade estava contaminado com polónio 210. A notícia prosseguiu com imagens, justamente, do momento da entrada daquele jogador em campo. Como se não bastasse a derrota e o afastamento das competições europeias, agora o Sporting também tinha de se ver com a radioactividade no seu recinto.

Essa parte do sonho deu-me ideias para o texto que a seguir apresento. O engraçado aqui é que a cena era tal e qual como aconteceu na realidade. Até os meus comentários proferidos na altura voltaram a ecoar. As minhas dúvidas quanto ao número da camisola do jogador também. As letras do nome surgiam como algo que eu não conseguia juntar. Deu-me a ideia que, ao contrário do que sucedia com todos os outros elementos da equipa, o nome daquele jogador estava escrito na camisola com caracteres cirílicos. No sonho também fiquei com essa sensação.

Também me deu a sensação de outra coisa. Embora fosse incapaz de me lembrar do nome daquele jogador, associava-o a algo relacionado com a mitologia. Uma associação incrível. Conhecia isso de onde? Só indo verificar.

Sonhei igualmente que tinha saído de casa numa noite muito fria para ir para a night. Não passei por nenhum local conhecido. Percorria caminhos escuros e sem nenhuma casa.

Cheguei a um local bastante animado onde as pessoas estavam muito divertidas, de copo na mão, com estranhas bebidas. Era uma espécie de baile de máscaras ou algo do género. Eram os meus colegas que ali estavam.

Como o ambiente era acolhedor, resolvi ficar também e beber uns copos. Uma colega (a tal daqueles espirros que estragam aulas e ensaios de canções de Natal) implorou que provasse a bebida. Como aquilo era docinho, continuámos a beber até eu começar a ver as coisas já de uma forma etílica.

Quando acordei ri-me bastante só de imaginar como seria, na realidade, essa minha colega com uns copitos a mais.

O tempo convidava a permanecer na cama. A chuva e o tempo frio eram para saborear debaixo dos cobertores. Não espanta ter-me levantado bem tarde. O almoço ressentiu-se.

Foi uma oportunidade para tomar um almoço à holandesa, à base de duas sandes de marmelada. A chuva continuava a cair sem piedade de mim.

As provas correram bem. A fome apertava. Havia que comprar algo que me saciasse. No Pingo Doce cheirava a frango assado. Uma excelente ideia. Comprei uma metade pequena de um frango, um pacote de batatas fritas, um refrigerante e pão e assim foi o meu jantar em grande. Merecia!

Bacorada do dia:
“Tenho aqui uma cena.” (Uma lesão.)

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