Wednesday, April 11, 2007

Estamos ricos...ou então não

Não é só cá em Portugal que as pessoas anseiam por dinheiro caído do Céu e que a febre do Euromilhões prolifera.

Pelos vistos, também na Bélgica se lança a sorte dos números e das estrelas com vista a mudar de vida. Por todo o lado se fazem apostas e se dispendem alguns euritos do bolso.

As sociedades de amigos ou colegas de trabalho também são frequentes neste tipo de concursos. O que se conseguir como prémio é dividido. E as responsabilidades quando algo acontece?

Um grupo de belgas que tinha uma dessas sociedades constatou que havia acertado na chave do Euromilhões. O prémio era chorudo. Todos já pensavam viver à grande. Provavelmente tencionavam se despedirem dos respectivos empregos e já tinham uma excêntrica lista de coisas que sempre sonharam fazer e que agora era possível. Ir à Lua!

Mas eles foram mesmo à Lua! Para dizer a verdade, foram aos arames que é a mesma coisa. Eles que até tinham festejado já a sua sorte grande. Com toda aquela excitação o responsável pelo registo de Euromilhões daquela semana nem se lembrou de dizer aos colegas que se tinha esquecido de registar os boletins. E logo na semana em que eles poderiam ter ficado ricos. Sempre há cada uma!

Já os estava a imaginar a fazerem uma festa bem exótica para comemorar a súbita riqueza. O restaurante era o mais luxuoso que conseguiram arranjar. Com muita sorte até foram a Paris provar iguarias que jamais sonhariam provar, apesar de desconhecerem se tão requintados manjares lhes agradavam ou não.

Os compatriotas do Tom Boonen e dos Vaya Con Dios já planeavam umas férias de sonho em Bora-Bora. Depois passariam quinze dias nas Seicheles e ainda fariam um safari por vinte países africanos. O material usado para transporte e diversão seria todo topo de gama. Nalguns casos usariam mesmo protótipos.

Para quê trabalhar? Eles eram milionários agora. Tinham mais dinheiro cada um individualmente que os patrões de todos na totalidade. Com um pouco de sorte os patrões ainda lhes iam pedir um extra para equilibrar as depauperadas contas das suas empresas, reféns da economia de mercada.

Quando a criatura afirmou que se tinha esquecido de registar os boletins, eu faço ideia o balde de gelo que caiu pelos restantes abaixo. Eram os sonhos de toda uma vida que se desvaneciam num lapso estúpido de uma só pessoa.

O esquecimento mais caro do Mundo! Mas se o esquecimento foi de um deles como é que o dono do quiosque onde eles, normalmente, registam o Euromilhões tem responsabilidade? Também, para dizer a verdade, não entendi de quem foi o lapso.

No que eu concordo é que a culpa aqui não pode morrer solteira...nem pobre.

Joguei no Euromilhões, registei o boletim, mas nada me calhou. Por essa razão, a minha vidinha continua a ser a mesma de sempre.

Estava tanto frio de manhã. Estava morta por chegar à paragem. As mãos doíam-me insuportavelmente por causa do frio. Quando cheguei, constatei que as minhas mãos estavam completamente congeladas. Não conseguia mesmo pegar em nada. E trazia dois pares de luvas!

Ainda durante o trajecto de minha casa para a paragem houve um cão que se meteu à nossa frente. Quase íamos parar ao chão.

As mãos foram aquecendo durante a viagem para Coimbra. Chegada à cidade as peripécias continuaram. Ao parar, o autocarro travou e eu avancei com o peso das coisas que trazia. Houve gente que me agarrou para eu não cair mais à frente.

A Festa de Natal é já no próximo sábado e tudo tem de estar preparado. Depois do almoço fomos visitar o palco da festa que vai ter lugar nas instalações do Instituto Português da Juventude de Coimbra.

A visita foi necessariamente rápida porque se realizava naquele espaço um colóquio qualquer de um qualquer sindicato de qualquer coisa. Mesmo assim, deu para ter uma ideia geral de como era o palco e do material que havia à nossa disposição.

No IPJ há sempre exposições de vária natureza. Havia alguns cartazes que me despertaram a atenção. Fiquei por ali a observá-los minuciosamente.

Animados como sempre, regressámos às imediações da ACAPO. Parámos num café em frente. Estávamos no intervalo e tomámos qualquer coisa, aproveitando o facto de estarmos todos juntos. Uma colega insistiu em pagar a conta de toda a gente. Ela ficou contente por fazer isso. Notou-se.

Apesar de não ser no palco onde irá decorrer a festa, a Zorba esperava-nos para a ensaiarmos como deve de ser. Cá para mim vai ser um fiasco. O palco não é igual e há passos que são difíceis de executar com muito pessoal entrançado e que, ainda por cima, tem dificuldade ou não vê mesmo. Há mesmo pessoal preocupado se cai do palco abaixo. Aquil0o ainda é alto. E a pessoa que tiver a infelicidade de cair dali abaixo não terá a sorte que eu tive da outra vez em haver uma multidão a agarrar.

Com alguns passos trocados e baralhação a toda a prova, lá ensaiámos uma vez mais aquela dança. Sábado vai prometer!

Era dia de teste de Holandês- o último desta fase de aulas. Eu achei o teste fácil. Não me lembrei como se dizia “escolher”, mas lembrei-me de repente e apontei antes de me voltar a esquecer. No final havia umas perguntas que eu achei um pouco confusas, mas não há-de ser nada.

Enquanto ouvia o relato do jogo entre o Porto e o Nacional da Madeira, procedia aos enfeites de Natal no meu quarto. O resultado pode ser visto nas fotos que acompanham este texto.

O Porto venceu o Nacional da Madeira por 1-2.

Situação do dia:
Não há civismo nenhum no que toca a respeitar as passadeiras. Eu fui obrigada a mandar parar um carro com o guarda-chuva.

Bacorada do dia:
“-Posso ir à casa de banho?
-Vamos todos.” (E assim se criou mais um ritual colectivo.)

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