Wednesday, April 18, 2007

Férias que não agradaram




FÉRIAS- essa palavra mágica capaz de alterar drasticamente o estado de humor de qualquer pessoa sempre que é mencionada. Até ontem, sempre achei que qualquer Ser Humano à face da Terra adorasse ter férias. Como me enganei!

Os campeonatos nacionais de futebol profissional vão sofrer uma longa pausa que coincide com o Natal e o Ano Novo. Com a subtracção de quatro jornadas nos campeonatos, que resultou da passagem de dezoito equipas para as actuais dezasseis, ficou uma lacuna irreparável que está a causar grande celeuma.

Inacreditavelmente, alguns dirigentes e treinadores de Futebol ficaram agastados com estas férias. Dizem estes entendidos que isto só vai estragar um pouco o que foi feito e que terá de ser necessário recorrer-se a uma nova pré-época.

Aqui em Portugal nunca se pára o campeonato na época de Inverno, tal como acontece um pouco por essa Europa fora em virtude dos rigores da estação mais fria. Este ano, como acima referi, irá haver a experiência de uma paragem semelhante, embora por outros motivos que não o frio e a neve. Os seus efeitos só para meados de Janeiro se sentirão quando as equipas (já com jogadores novos, contratados na reabertura do mercado) regressarem parra disputar o que falta e decidirem os seus destinos nas respectivas competições.

Antes de começarem as tão famigeradas férias, há equipas que ainda irão jogar esta semana. Na próxima quinta-feira irá decorrer ainda o jogo em atraso da primeira jornada entre o Benfica e o Belenenses. Este jogo foi adiado em virtude da confusão gerada na sequência do “caso Mateus”.

Por motivos diferentes, também o Sporting entrará em campo na próxima quinta-feira. Os leões de Alvalade deslocar-se-ão à Madeira para defrontar o União local numa partida antecipada da Taça de Portugal. Os restantes jogos estão agendados para o final das férias, no dia 7 de Janeiro.

E assim surge um dado novo no nosso Futebol: poucos gostam daquelas férias. Talvez porque o tempo não convide para dar uns mergulhos nas praias do Algarve.

Quando saí de casa estava um nevoeiro cerradíssimo em Anadia e arredores. As fotos que acompanham este texto demonstram isso mesmo. Do frio nem adianta falar. Estamos quase no Inverno. Se estivesse calor, aí já dava um belo de um texto.

Quando cheguei a Coimbra, deu-se uma pequena confusão na paragem. Devo ter ficado com as orelhas quentes de tanto aquelas criaturas falarem mal de mim. Minhas senhoras, eu vejo mal para vossa informação. As senhoras é que se colocaram à minha frente a estorvar quem queria entrar nos autocarros. As criaturas disseram cobras e lagartos de mim. O autocarro arrancou e eu ainda as ia a ouvir na paragem. Ficaram tão indignadas. Tadinhas delas! Que peninha! Disseram que eu era mal-educada e que tinha empurrado as pobres velhinhas. Nem me apercebi. A confusão era muita. Era segunda-feira.

O dia não me estava a correr de feição. Disseram a alguns que havia bolo-rei e frango que restou da Festa. Não me disseram nada a mim. Eu fui aos arames. O frango dava-me bastante jeito para comer ao jantar. Não cozinho e à noite passo com qualquer coisa. Depois tinha direito a isso porque não fiquei para o lanche. Isso ainda me indignou mais. E eu até fui com fome parra casa. Depois quando lá cheguei, os meus pais já estavam deitados e pouco lá havia. Não contavam que eu ainda viesse. Agora mesmo é que eu não volto a pôr os pés em festas de Natal. Já me tinha chateado um ano. Se é para fazer assim…mas porque é que eu não comi lá ao meio-dia. Avisaram-me tarde. É sempre a mesma coisa. Quando é para me aborrecerem, chegam a tempo e a horas.

As aulas foram dedicadas à avaliação dos formadores. Tivemos de mudar de sala várias vezes. Tudo parra me irritar!

Para complicar ainda mais as coisas, ainda me mudaram a caixa do “amigo invisível” do sítio. Tantas caixas ali e só mudaram a minha. Queriam me chatear e tiraram aquele dia. Mais nada.

A dança das salas continuou. Era demais!

Se já não bastassem as pessoas, também os cães me queriam chatear. Um tentou-me morder.

Também no treino as coisas não me correram bem. Para começar, logo vesti a camisola ao contrário. Riam-se! É que essa camisola tem um capuz. Dei dez voltas à pista em mais de 30 minutos e estava cansada. As pulsações isso demonstravam. Para que conste, o tempo gasto em corrida foi, mais precisamente, 31.10 minutos. Até a registar o treino fui um desastre a julgar pela riscanhada que para aqui vai.

Depois daquela desgraça toda fui ao Pingo Doce e no regresso fui contra umas pessoas no passeio. Tudo para me desviar de umas plantas.

Talvez em casa as coisas seriam diferentes. Mas não! Para começar, a torneira da casa de banho não deitava uma gota de água. Talvez os canos tenham entupido com o frio. Justamente por causa do frio, fui procurar o cobertor azul quentinho que o ano passado tinha na minha cama. Tive de subir a um banco para o resgatar.

Aquele dia chegava ao fim. O que estava mesmo a dar que falar nos últimos dias era o livro de Carolina Salgado. Como não podia deixar de ser, mandei a minha irmã ver se me arranjava um para eu ler. Foi o que eu fiz no final daquela noite.

Situação do dia:
Fui ao Pingo Doce e aproveitei para comprar uns presentes para oferecer nesta quadra natalícia. Fui embrulhá-los e quase saía sem pagar as compras.

Bacorada do dia:
“Você está a fazer disto um bico de sete cabeças.” (uma nova expressão idiomática, impossível de traduzir até em Português.)

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