Adorava ser o vento.
Ser a primeira coisa que sentes quando abres a janela numa manhã fria.
Acariciar-te a face ainda sonolenta com meu hálito fresco para te acordar.
Gostava de ser a brisa.
Quando caminhas vagarosamente á beira-mar.
Acompanho as ondas espumosas e volto-te a beijar.
Sou o alívio para o calor do verão e o aconchego para o frio do inverno.
Acompanho-te nos teus momentos de introspeção.
Faço-te companhia nos instantes de lazer.
Acho-te o cabelo.
Gosto de o emaranhar nas minhas mãos invisíveis.
A areia da praia é minha cúmplice.
Também ela te vem cumprimentar.
Por vezes brincamos com a água do Mar.
Salpicamos-te só para te vermos recuar um pouco, especialmente no inverno.
No verão aproximas-te mais da rebentação.
Não hesitas em aproveitar o nosso convite e tomares um banho refrescante.
Por fim recolhes a casa.
Fechas a janela.
Do lado de fora, fico melancólico a sonhar com outro dia em que te possa acariciar a face e brincar com o teu cabelo.
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