“”…NOS PEITOS DA CABRITINHA…HORA QUE EU QUERO PORQUE A CABRITA É MINHA.
Percorria eu a rua na companhia da minha assistente pessoal quando na estrada passou um carro com a música em altos berros. Nem um segundo foi preciso para perceber qual era a música que tocava. De referir que era meio-dia e passavam muitos carros na estrada e seguia muita gente a pé por uma das ruas mais movimentadas da Baixa de Coimbra.
Atroando os ares, abafando até os cânticos de natal que passavam numa superfície comercial ali perto, surge este inusitado som a bombar a alta bolina.
Bem, pensei eu, algum velhote da aldeia que veio á cidade fazer compras de natal. Logo imaginei um homem ao volante, com os seus sessenta e muitos anos, cara marcada por árduo trabalho ao sol, curtindo os hits de que mais gosta.
Mais adiante, por acaso falei na música que ia alta demais naquele carro que por nós havia passado há pouco. Fiquei espantada quando a minha assistente pessoalme disse que aquele carro era um Land Rover que tinha no seu interior…duas mulheres aí com cerca de trinta anos.
Trago aqui este episódio porque justamente esta semana ficámos de fazer um exercício para a aula de teatro que consistia em, através de uma música, criarmos um personagem que se enquadre naquele género musical. Foi o que fiz imediatamente quando ouvi o primeiro acorde do som que vinha daquele carro mas, como perceberam, enganei-me redondamente.
Em vez de um homem dos seus sessenta anos, duas mulheres com cerca de trinta anos cada e com um bruto carrão.
Enfim, não se pode acertar sempre.
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