E de
repente chego a casa e ela está povoada por uma impressionante
quantidade de gatos. Regressámos aos bons velhos tempos. Eles são
pretos, siameses, brancos, de cor indeterminada, grandes, pequenos,
de tamanho médio…
Está
uma bela tarde de Sol mas estamos no Outono ou no Inverno como,
aliás, se verifica na realidade. Os gatos estão todos deitados à
sombra mas há sempre uns quantos que aproveitam que na estrada está
a bater o Sol. Eu corro para os tirar de lá mas, logo vejo que
muitos dos que estavam sossegadamente à sombra se lhes juntaram. Que
vida a minha! Uns quantos atravessaram mesmo a estrada e andavam
alegremente do outro lado da berma, parecendo gozar ainda com a minha
cara de desespero.
Ouço
ao longe o inconfundível som de um veículo a aproximar-se. Ainda há
quem se atreva a atravessar a estrada nesse preciso momento. O que
faço agora? Não os posso apanhar todos. Terei de mandar parar o
motorista do veículo ou simplesmente lhe dizer que vá mais devagar.
Estou mesmo a ver que isto não vai correr bem.
Não
sei como ficou este assunto. Só sei que os meus sonhos viraram para
outras paragens e para outros assuntos. Ginástica, medicamentos e
pessoas que aparentemente conhecia passaram a povoar o meu
subconsciente.
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