Thursday, September 22, 2016

Onde estou? Que horas são?

Depois de me ter deitado a horas normais, isto é, perto das onze horas (a hora em que já estava a ler duas e três vezes o mesmo parágrafo do meu livro), acordei às quatro e meia da madrugada e estive algum tempo sem voltar a adormecer.

Não sabia se iria voltar a pegar no sono antes das seis e meia que é a hora de me levantar. Se isso acontecesse, haveria certamente alguma coisa que narrar por aqui. Geralmente estes longos períodos sem sono antes de se voltar a adormecer costumam dar lugar a coisas estranhas. Sempre foi assim desde que sou gente.

Sem praticamente me aperceber, voltei a adormecer, misturando-se a vigília com o subconsciente, que é o que normalmente acontece nessas ocasiões. Então ouvi o despertador tocar…

Levantei-me de um salto. Liguei o aquecedor automaticamente sem sequer estar frio. Depois tentei-o desligar e ainda o rodei para o máximo, apresando-me a desligá-lo depois, não fosse o quadro da luz ir abaixo. Senti no ar aquele cheiro a pó queimado resultante de ter ligado o aquecedor no máximo e de este há muito não ser usado. Ainda estava bastante escuro. Mas afinal que horas eram?

Bem, não estava completamente escuro na rua porque há um candeeiro laranja a iluminar tudo e...havia uma Lua grande e amarelada ainda no Céu. Espera, havia ainda mais um foco de luz. Era a luz da rua que estava ligada. Alguém a deixou acesa. Agora até nem tem sido muito necessária porque temos lá o candeeiro público.

Passou um carro a alta velocidade na estrada e logo se fez ouvir o chiar de pneus. Seria a Feijoa que andava na estrada? Passou outro carro vindo do lado de Vila Nova, os faróis vinham no máximo. Dava para ver da janela. Chegando ao mesmo local, também derrapou. Eu começava a achar isto muito estranho.

Ouvia gente a falar na estrada mas não conseguia distinguir o que diziam. Aquilo estava a começar a enervar-me. A solução foi chamar alto e bom som pela minha mãe mas ela parecia não me ouvir.

Acordei. Não estava lá na terra. O despertador ainda não tinha tocado. Tudo estava calmo para já.

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