Wednesday, February 06, 2013

“Rapariga Com Brinco De Pérola” (impressões pessoais)


A leitura desta obra levou-me de volta à cidade mais bonita que alguma vez visitei – Delft. Foi lá que sempre viveu o pintor Vermeer com a sua família.

Tracy Chevalier pega numa das mais notáveis pinturas de Vermeer e escreve esta historia, pondo a própria protagonista do quadro a contar a sua historia, a falar dos sentimentos secretos que nutria pelo pintor, a relatar as peripécias diárias com os restantes elementos da família….

Quando estive na Holanda em 2007, pude ver alguns quadros de Vermeer em alguns museus. Não me lembro de ter visto este que dá nome a este livro. Havia alguns auto-retratos do pintor enquanto jovem, enquanto velho, as paisagens de Delft pintadas de que a protagonista falava e também havia algumas passagens mitológicas ou bíblicas. No caso dos quadros que representam os barcos nos canais, lembro-me perfeitamente deles. Estão mesmo na cidade de Delft.

Um local de que muito se fala nesta obra é a estrela de oito pontas que é muito famosa. Também me lembro de ter ali estado com os meus colegas. Se procurar bem, nós temos até ali fotos.

A beleza da cidade de Delft é inimaginável. Penso que não dá para expressar por palavras, só mesmo vendo com os próprios olhos e sair de lá mais rico de cores e de beleza. Ninguém ficará indiferente às belas paisagens que se deparam diante dos olhos dos turistas. Um dia, gostaria de lá ir de novo. Foi uma cidade que muito me marcou e foi também ali que cumpri a minha promessa de visitar uma igreja e ali rezar como forma de agradecer estar na Holanda como sempre sonhei- promessa essa feita no dia mais nebuloso da minha vida, naquele dia em que senti que tudo me fugia.

Sobre a obra propriamente dita, está muito bem imaginada. A forma como a escritora pegou num quadro e o transformou em livro. Também é valorizado por se tratar de um romance de época e é sempre fascinante lermos e viajarmos no tempo para ver como era a vida dos nossod antepassados. Não pude deixar de notar um comportamento da personagem que me deixou a reflectir. Naquela altura, mostrar o cabelo era o mesmo que estar nua? Quem mostrasse o cabelo era considerada uma meretriz ou algo assim? Não deixa de ser curioso.

Nota bastante positiva para esta obra, a ideia está boa, a narração dos usos e costumes da época está excelente e a forma como está escrita também está fácil de ler e compreender.

Recomendo vivamente este livro a quem se interessa pela cultura, pelas viagens, pela Pintura e pelos usos e costumes de épocas mais remotas.




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